Cadernos de Saúde Pública (Oct 2005)
Adherence to antiretroviral therapy: a qualitative study with physicians from Rio de Janeiro, Brazil Aderência à terapia anti-retroviral: um estudo qualitativo com médicos no Rio de Janeiro, Brasil
Abstract
Brazil provides free antiretroviral (ARV) therapy to some 150,000 individuals living with HIV/ AIDS). ARV regimens require optimal adherence to achieve undetectable viral loads and to avoid viral resistance. Physicians play a key role to foster ARV adherence, but until now little is known about the communication between physicians/ people living with HIV/AIDS in this setting. In-depth interviews were conducted with 40 physicians treating people living with HIV/AIDS at six public reference centers in Rio de Janeiro, Brazil. Interview topics included: experiences in the treatment of people living with HIV/AIDS, relationship and dialogue with patients, barriers/facilitators to adherence, and effectiveness of available services. Barriers to ARV adherence were mainly related to the low quality of patient-provider relationship. Other barriers were related to "chaotic" patients' lifestyles, and inadequate knowledge and/or negative beliefs about HIV/AIDS and ARV effectiveness. It is necessary to improve networking between services, establish agile referral systems, and improve health professionals' integration. These structural changes could contribute to improved adherence, resulting in improved quality of life for people living with HIV/AIDS.O Brasil fornece gratuitamente terapia anti-retroviral (ARV) para cerca de 150 mil pessoas vivendo com HIV/ AIDS. A terapia ARV requer aderência ótima, visando alcançar carga viral indetectável e evitar resistência viral. Os médicos desempenham papel central quanto à aderência à ARV, mas há escassa informação sobre a comunicação entre médicos/pessoas vivendo com HIV/ AIDS. Entrevistas em profundidade foram realizadas com 40 médicos assistentes de seis hospitais de referência do Rio de Janeiro, Brasil. Tópicos da entrevista incluíram: experiências relativas ao tratamento de pessoas vivendo com HIV/AIDS, relacionamento/diálogo com pacientes, barreiras/facilitadores para aderência aos serviços disponíveis e eficácia destes. As barreiras para aderência à ARV se referiam, principalmente, ao relacionamento médico-paciente. Outras barreiras estavam relacionadas a estilos de vida "caóticos" de alguns pacientes, conhecimento inadequado/crenças negativas sobre HIV/AIDS e a eficácia da ARV. É necessário melhorar as redes de serviços de saúde, com encaminhamento mais ágil e maior integração entre diferentes profissionais de saúde. Essas mudanças estruturais podem melhorar a aderência e a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/AIDS.
Keywords