Opinião Pública (Nov 2013)

Uma avaliação empírica da competição eleitoral para a Câmara Federal no Brasil

  • Glauco Peres da Silva

DOI
https://doi.org/10.1590/S0104-62762013000200007
Journal volume & issue
Vol. 19, no. 2
pp. 403 – 429

Abstract

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O objetivo deste artigo é avaliar empiricamente a competição eleitoral para o cargo de deputado federal no Brasil e a sua dimensão regional, que se apoia nos conceitos de distritos eleitorais informais (AMES, 2001; 2003) ou grotões políticos (HUNTER E POWER, 2007; ZUCCO, 2008). Este artigo considera as eleições entre 1994 e 2010 e utiliza um indicador de desequilíbrio (TAAGEPERA, 1979) em análise temporal como critério básico da avaliação do controle regional do voto, já que o Número Efetivo de Partidos (NEP) não capta a descentralização da disputa eleitoral. Os resultados indicam que a ausência de competição não é regra da disputa política no país, que a tese dos distritos eleitorais carece de evidência empírica e que os políticos que evitam a competição nem sempre se elegem e não são os mesmos em uma mesma localidade ao longo do tempo.

Keywords