Revista Brasileira de Epidemiologia (Dec 2011)

Scheduling delay in suspected cases of oral cancer Atraso de agendamento em casos suspeitos de câncer bucal

  • Luciana Meneses Souza,
  • Edgard Michel-Crosato,
  • Maria Gabriela Haye Biazevic,
  • José Leopoldo Ferreira Antunes

DOI
https://doi.org/10.1590/S1415-790X2011000400011
Journal volume & issue
Vol. 14, no. 4
pp. 642 – 650

Abstract

Read online

The objective of the study was to evaluate scheduling delay of dental exams in the city of São Paulo of patients suspected of having oral cancer. A cross-sectional study was performed in which telephone conversations simulated clinical situations that represented two types of patients: one presenting symptoms suggestive of oral cancer (CA), and another one suggesting the need for prostheses (PR). The scheduling delay was evaluated by the days until an appointment for care; and among public offices, by type of schedule (emergency or routine). Negative binomial regression was used (95% statistical significance). Five hundred and seventy-five public and private dental offices participated in the study. The mean scheduling delay for the CA group was 2.88 days, and for the PR group, 4.34 days (p = 0.01). The mean scheduling delay was shorter in private dental offices (2.59 days) than in offices that accepted health insurance (2.74 days) (p = 0.01); the delay was shorter when performed by the dentist rather than by the dental assistant, 2.45 versus 4.21 days (p = 0.01). In public services, 69% of patients in the cancer group were sent to the emergency service. Dental services were accessible for scheduling clinical examinations among patients suspected of having oral cancer.O objetivo do estudo foi avaliar o atraso de agendamento de pacientes com suspeita de câncer bucal aos exames odontológicos na cidade de São Paulo. Realizou-se estudo transversal, em que conversações telefônicas simularam situações clínicas, representando dois tipos de pacientes-padrão: um com sintomas sugestivos de câncer bucal e outro com necessidade de prótese. O atraso do agendamento foi avaliado pelo tempo de agendamento para a consulta e, no caso de estabelecimentos públicos, pelo tipo de agendamento (rotina ou urgência). Utilizou-se regressão binomial negativa (95% de nível de significância). Participaram do estudo 575 estabelecimentos públicos e privados. O tempo médio, em dias, para o agendamento no grupo câncer foi de 2,88 e no grupo prótese, 4,34 (p = 0,01). O tempo médio de agendamento foi menor nos consultórios particulares 2,59 que nos conveniados 2,74 (p = 0,01); quando realizado pelo dentista foi menor do que pelos auxiliares, 2,45 versus 4,21 (p = 0,01). No serviço público, 69% dos pacientes do grupo câncer foram encaminhados ao serviço de urgência. Os serviços de atendimento odontológico foram acessíveis com relação ao agendamento para exame clínico dos pacientes com suspeita de câncer de boca.

Keywords