Revista Portuguesa de Investigação Educacional (Jan 2012)
Os consultores externos dos TEIP2 – representações do papel da assessoria e das experiências de trabalho com as escolas
Abstract
Embora vários estudos e autores apontem, com frequência, para as assessorias como oportunidade de melhoria das instituições educativas, do trabalho docente e do sucesso educativo dos alunos (Leite, 2003; Macbeath et al., 2005; Bolívar, 2007; Formosinho e Machado, 2009; Segóvia, 2010), não é ainda muito conhecida a forma como essas assessorias são concretizadas. Sendo este um dos principais objetivos da investigação que estamos a desenvolver, pretende-se, neste artigo, aprofundar o questionamento sobre modelos e formas de assessoria configurada no papel do consultor externo no quadro do Programa TEIP2. Para isso, apoiámo-nos essencialmente nas entrevistas realizadas a cinco consultores externos onde apontam para o que consideram ser o seu papel, modos de trabalho que têm desenvolvido e efeitos que julgam estar a gerar nas escolas com quem trabalham. A análise dessas entrevistas permitiu inferir um entendimento do papel destes assessores próximo da fi gura de “amigo crítico” (Leite, 2003; Macbeath et al., 2007), visão nem sempre coincidente com o que é expresso nos referenciais legais, nomeadamente no Despacho Normativo n.º 55/2008 relativamente ao “perito externo”, e que situa explicitamente esta assessoria num trabalho de “acompanhamento” e de “avaliação interna” do projeto educativo da escola.
Keywords