Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (Apr 2013)
Implante coclear via fossa craniana média: uma nova técnica para acesso ao giro basal da cóclea Cochlear implantation through the middle cranial fossa: a novel approach to access the basal turn of the cochlea
Abstract
A técnica clássica para o implante coclear é realizada através de mastoidectomia e timpanotomia posterior. A abordagem pela fossa craniana média provou ser uma alternativa valiosa, embora venha sendo usada para o implante coclear apenas esporadicamente e sem normatização. OBJETIVO: Descrever uma nova abordagem para expor o giro basal da cóclea para o implante coclear através da fossa craniana média. MÉTODO: Cinquenta ossos temporais foram dissecados. A cocleostomia foi realizada através de uma abordagem via fossa craniana média, na parte mais superficial do giro basal da cóclea, usando o plano meatal e seio petroso superior como pontos de reparo. A parede lateral do meato acústico interno foi dissecada após o broqueamento e esqueletização do ápice petroso. A parede dissecada do meato acústico interno foi acompanhada longitudinalmente até a cocleostomia. Design: Estudo anatômico de osso temporal. RESULTADOS: Em todos os ossos temporais, apenas a parte superficial do giro basal da cóclea foi aberta. A exposição do giro basal da cóclea permitiu que as escalas timpânica e vestibular fossem visualizadas. Assim, não houve dificuldade na inserção do feixe de eletrodos através da escala timpânica. CONCLUSÃO: A técnica proposta é simples e permite exposição suficiente do giro basal da cóclea.The classic approach for cochlear implant surgery includes mastoidectomy and posterior tympanotomy. The middle cranial fossa approach is a proven alternative, but it has been used only sporadically and inconsistently in cochlear implantation. OBJECTIVE: To describe a new approach to expose the basal turn of the cochlea in cochlear implant surgery through the middle cranial fossa. METHOD: Fifty temporal bones were dissected in this anatomic study of the temporal bone. Cochleostomies were performed through the middle cranial fossa approach in the most superficial portion of the basal turn of the cochlea, using the meatal plane and the superior petrous sinus as landmarks. The lateral wall of the internal acoustic canal was dissected after the petrous apex had been drilled and stripped. The dissected wall of the inner acoustic canal was followed longitudinally to the cochleostomy. RESULTS: Only the superficial portion of the basal turn of the cochlea was opened in the fifty temporal bones included in this study. The exposure of the basal turn of the cochlea allowed the visualization of the scala tympani and the scala vestibuli, which enabled the array to be easily inserted through the scala tympani. CONCLUSION: The proposed approach is simple to use and provides sufficient exposure of the basal turn of the cochlea.