Revista Brasileira de Anestesiologia (Jun 2013)

Manejo anestésico e complicações no implante percutâneo de válvula aórtica Manejo anestésico y complicaciones en el implante percutáneo de válvula aórtica Anesthetic management and complications of percutaneous aortic valve implantation

  • Tailur Alberto Grando,
  • Rogério Sarmento-Leite,
  • Paulo Roberto Lunardi Prates,
  • Claudio Roberto Gomes,
  • Fabiana Specht,
  • Alessandra Sarturi Gheller,
  • Guilherme Bernardi

Journal volume & issue
Vol. 63, no. 3
pp. 279 – 286

Abstract

Read online

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A estenose aórtica (EA) grave é uma doença prevalente e de grande mortalidade. Nos pacientes idosos com outras comorbidades o implante valvar percutâneo é uma opção. OBJETIVOS: Descrever o manejo anestésico e as complicações com anestesia geral. MÉTODO: Série de casos com seguimento de 30 dias e 24 meses após o implante do dispositivo CoreValve feito no Instituto de Cardiologia/Fundação Universitária de Cardiologia entre dezembro de 2008 e janeiro de 2012. Os pacientes foram submetidos à anestesia geral monitorada com pressão arterial média (PAM), eletrocardiograma (ECG), oximetria, capnografia, ecocardiograma transesofágico, termometria e marcapasso transvenoso. RESULTADOS: Foram submetidos com sucesso ao implante valvular 28 pacientes, com idade média de 82,46 anos, EuroScore médio de 20,98%, classe funcional III/IV. Nove pacientes necessitaram de implante de marcapasso definitivo. No seguimento dos pacientes houve dois óbitos, um no transoperatório por perfuração do VE e um no terceiro dia por causa desconhecida. Em 24 meses um paciente faleceu com diagnóstico de mieloma múltiplo. A técnica anestésica mostrou-se segura. CONCLUSÃO: A experiência inicial com implante valvular aórtico percutâneo sob anestesia geral tem se mostrado segura e eficaz sem complicações anestésicas importantes para esse procedimento.JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La estenosis aórtica (EA) grave es una enfermedad prevalente y de gran mortalidad. En los pacientes ancianos con otras comorbilidades, el implante valvular percutáneo es una opción. OBJETIVOS: Describir el manejo anestésico y las complicaciones con la anestesia general. MÉTODO: Serie de casos con seguimiento de 30 días y 24 meses después del implante del dispositivo CoreValve hecho en el Instituto de Cardiología/Fundación Universitaria de Cardiología entre diciembre de 2008 y enero de 2012. Los pacientes fueron sometidos a la anestesia general monitorizada con una presión arterial promedio (PAP), electrocardiograma (ECG), oximetría, capnografía, ecocardiograma transesofágico, termometría y marcapaso transvenoso. RESULTADOS: Fueron sometidos con éxito al implante valvular 28 pacientes, con una edad promedio de 82,46 años, EuroScore medio de 20,98%, clase funcional III/IV. Nueve pacientes necesitaron implante de marcapaso definitivo. En el seguimiento de los pacientes hubo dos decesos, uno en el transoperatorio por perforación del VI y uno al tercer día por causa desconocida. En 24 meses un paciente falleció con diagnóstico de mieloma múltiple. La técnica anestésica fue segura. CONCLUSIONES: La experiencia inicial con implante valvular aórtico percutáneo bajo anestesia general ha sido segura y eficaz sin complicaciones anestésicas importantes para ese procedimiento.BACKGROUND AND OBJECTIVE: Aortic stenosis is a highly prevalent and life-threatening disease. In elderly patients with comorbidities, percutaneous valve implantation is an option. The aim of the study was to describe the anesthetic management and complications of general anesthesia. METHOD: Case series with 30-day and 24-month follow-ups after implantation of the CoreValve device performed at the Institute of Cardiology/University Foundation of Cardiology between December 2008 and January 2012. The patients underwent general anesthesia monitored with mean arterial pressure (PAM), electrocardiogram (ECG), pulse oximetry, capnography, transesophageal echocardiography, thermometry, and transvenous pacemaker. RESULTS: Twenty-eight patients, mean age 82.46 years, 20.98% mean EuroSCORE, functional class III/IV, successfully underwent valve implantation. Nine patients required permanent pacemaker implantation. During follow-up, two patients died: one during surgery due to LV perforation and the other on the third day of unknown causes. At 24 months, one patient diagnosed with multiple myeloma died. This anesthetic technique proved to be safe. CONCLUSION: The initial experience with percutaneous aortic valve implantation under general anesthesia has proven to be safe and effective, with no significant anesthetic complications during this procedure.

Keywords