Revista Ceres (Feb 2013)

Avaliação de extrato de algas no progresso temporal da mancha de Mycosphaerella em cultivares de morangueiro Evaluation of seaweed extract on temporal progress of Mycosphaerella leaf spot in strawberry cultivars

  • Cristiano Nunes Nesi,
  • Taciana Melissa de Azevedo Kuhn,
  • Emily Silva Araujo,
  • Átila Francisco Mógor,
  • Louise Larissa May De Mio

Journal volume & issue
Vol. 60, no. 1
pp. 38 – 42

Abstract

Read online

Em morangueiros, a mancha das folhas, causada por Mycosphaerella fragariae, é uma das doenças mais comuns na cultura, o que torna importantes os estudos de controle alternativo e de cultivares, sobre o progresso da epidemia. Em busca de práticas alternativas para seu controle, avaliou-se o efeito de cultivares de morangueiro e do extrato da alga Ascophyllum nodosum, na expressão dos sintomas de mycosphaerella, além de avaliar o ajuste de modelos de crescimento para o progresso temporal da incidência e severidade da doença. Utilizou-se o extrato de algas a 29%, na dose de 2 L ha-1, aplicado no solo, na folha e em ambos. As cultivares Dover, Toyonoka, Albion, Camarosa, Ventana, Campinas, Tudla e Camino Real foram avaliadas, quinzenalmente, quanto a incidência e severidade da doença. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com parcelas subdivididas e três repetições. Com os dados de incidência e severidade, calculou-se a área abaixo da curva de progresso da doença e utilizou-se a análise de variância para avaliar o efeito de cultivares e do extrato de algas. Aos dados do progresso temporal da incidência e da severidade, em cada cultivar, foram ajustados os modelos monomolecular, logístico e de Gompertz. O extrato de algas não apresentou efeito ou interação com cultivares, no controle da mycosphaerella. Houve efeito de cultivar com menor intensidade da doença, em Albion e Ventana, devido, principalmente, ao atraso na epidemia, pela redução do inóculo inicial efetivo. Aos dados de progresso temporal da incidência e da severidade ajustaram-se, respectivamente, os modelos logístico e monomolecular, para todas as cultivares.Leaf spot, caused by Mycosphaerella fragariae, is a common foliar disease infectious to a broad variety of strawberry cultivars. In a search for alternative control methods, seaweed extract from Ascophyllum nodosum was applied to strawberry cultivars and evaluated for its effect on Mycosphaerella leaf spot symptoms: growth-curve models were fitted for the progress of disease incidence and severity over time. A 29% seaweed extract was sprayed on soil, on plants or on both at the dose of 2 L ha-1. Disease incidence and severity were measured biweekly on the cultivars Dover, Toyonoka, Albion, Camarosa, Ventana, Campinas, Tudla and Camino Real. We used a completely randomized split plot design with three replicates. Disease incidence and severity were calculated as the area under disease progress curves, and analysis of variance was used to assess the effect of the seaweed extract on the cultivars. The progress of disease incidence and severity over time for each cultivar was adjusted using monomolecular, logistic and Gompertz models. The seaweed extract had no effect or interaction on Mycosphaerella leaf spot control for the tested cultivars. There was a cultivar effect with lower disease intensity in Ventana and Albion, mainly due to reduced inoculum effectiveness delaying the rate of infection. The progress of disease incidence and severity over time was adjusted for all cultivars by logistic and monomolecular models, respectively.

Keywords