Revista Portuguesa de Cardiologia (Jan 2023)
Effect of direct oral anticoagulants versus vitamin K antagonists or warfarin in patients with left ventricular thrombus outcomes: A systematic review and meta-analysis
Abstract
Introduction: Left ventricular thrombus commonly occurs as a complication of acute anterior myocardial infarction and nonischemic cardiomyopathies with severe left ventricular systolic dysfunction. Its frequency is still high despite medical advances. Current guidelines recommend the use of vitamin k antagonists as first-line therapy, however, the off-label use of direct oral anticoagulants is becoming more frequent and attractive, given the better pharmacological and clinical profile, with the improvement of the patient's quality of life. Aim: To provide an update on the currently existing evidence regarding the outcomes of efficacy and safety of direct oral anticoagulants (DOACs) as first-line therapy in left ventricular thrombus, in comparison to vitamin K antagonists (VKAs). Methods: A systematic review and meta-analysis of studies on the effects of direct oral anticoagulants versus vitamin K antagonists on left ventricular thrombi and on the results was performed. Results: Fourteen studies were included in the meta-analysis, with a total of 2498 patients (n=631 direct oral anticoagulants and n=1867 for VKAs). No significant differences were found in efficacy and safety outcomes (odds ratio (OR) 0.86; 95% confidence interval (CI), 0.55–1.33; p=0.50; I2=32%) and (OR 1.0; 95% CI, 0.78–1.30; p=0.93; I2=2%) respectively. No difference was noted in all-cause mortality (OR 0.92; 95% CI, 0.58–1.45; p=0.74; I2=0%). Thrombus resolution was observed in 288/416 in direct oral anticoagulants vs. 732/1085 patients treated with VKAs (OR 1.14; 95% CI, 0.77–1.66; p=0.50; I2=33%). Conclusions: The findings of this meta-analysis suggest the potential utility of DOACs as a first-line strategy in patients with left ventricular thrombus. Resumo: Introdução: Trombos no ventrículo esquerdo ocorrem geralmente como complicação do enfarte agudo do miocárdio anterior e de cardiomiopatias não isquémicas com disfunção sistólica ventricular esquerda grave. A sua frequência ainda é alta, apesar dos avanços médicos. As orientações atuais recomendam o uso de antagonistas da vitamina K como tratamento de primeira linha. No entanto, a utilização de anticoagulantes orais diretos está a tornar-se mais frequente, dado o melhor perfil farmacológico e clínico, com melhoria da qualidade de vida do doente. Objetivo: Atualizar a evidência existente relativamente à eficácia e segurança dos anticoagulantes orais diretos como tratamento de primeira linha no TVE, em comparação com os antagonistas da vitamina K. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática e uma meta-análise de estudos sobre os efeitos dos anticoagulantes orais diretos versus os antagonistas da vitamina K nos trombos ventriculares esquerdos e sobre os resultados. Resultados: Na presente revisão sistemática e metanálise foram incluídos 14 estudos, com 2498 doentes (n=631 tratados com anticoagulantes orais diretos e n=1867 com antagonistas da vitamina K). Não se registaram diferenças significativas nos resultados de eficácia e segurança (OR 0,86; 95% CI, 0,55-1,33; p=0,50; I2=32%) e (OR 1,0; 95% CI, 0,78-1,30; p=0,93; I2=2%) respetivamente. Não se verificou qualquer diferença na mortalidade por todas as causas (OR 0,92; 95% CI, 0,58-1,45; p=0,74; I2=0%). A resolução do trombo foi observada em 288/416 no grupo dos doentes tratados com anticoagulantes orais diretos versus 732/1085 no grupo dos doentes tratados com antagonistas da vitamina K (OR 1,14; 95% CI, 0,77-1,66; p=0,50; I2=33%). Conclusão: Os resultados desta metanálise sugerem a utilidade dos anticoagulantes orais diretos como estratégia de primeira linha em doentes com trombo do ventrículo esquerdo.