Brazilian Journal of Infectious Diseases (Oct 2024)

OR-14 - ATUALIZAÇÃO VACINAL DOS ESTUDANTES INGRESSANTES DA ÁREA DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS - UNICAMP

  • Inajara de Cassia Guerreiro,
  • Rôse Clélia Grion Trevisane,
  • Edite Kazue Taninaga,
  • Cristina M. da Silva Aguilar,
  • Elaine Cristina Paixão de Oliveira,
  • Luciane da Silva Antunes,
  • Maria Cristina Stolf,
  • Leila Tassia Pagamicce

Journal volume & issue
Vol. 28
p. 103891

Abstract

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Introdução: Os trabalhadores da saúde estão constantemente expostos a riscos ocupacionais e biológicos, sendo necessário, além das medidas universais de biossegurança, uma cobertura vacinal adequada. Os estudantes da área de saúde também constituem um grupo de risco já que em suas atividades de formação, mantêm contato com pacientes. Para evitar a ocorrência de doenças imunopreveníveis, as Instituições de Ensino Superior (IES) devem incentivar a completa vacinação dos alunos antes da inserção nos cenários de prática. Objetivo: Analisar a situação vacinal dos estudantes ingressantes da área da saúde (EIAS) de uma IES no interior do Estado de São Paulo; Apresentar os dados das atualizações vacinais realizadas. Método: Estudo descritivo exploratório com dados extraídos de planilhas Excel, elaboradas pelo Grupo de Imunização do serviço, referentes a análise das carteiras vacinais (CV) e vacinas realizadas nos EIAS (medicina, enfermagem e fonoaudiologia) no período de 2015 a 2024. Resultados: Anualmente, no início do ano letivo, é realizado o contato com as secretarias de graduação, solicitado a CV dos EIAS e agendado local/data para a realização da atividade. As CVs são avaliadas previamente, para previsão de imunobiológicos e insumos. No período apresentado, foi realizada a avaliação da situação vacinal de 1570 estudantes, 81% dos EIAS no período. Medicina foi o curso com maior adesão a atividade (86%) e fonoaudiologia a menor (57%). 2019 foi o ano com maior adesão à atualização vacinal (90%); os anos de 2021, 2022 e 2023, os que apresentaram menores taxas (70, 71 e 75% respectivamente). O baixo percentual ocorreu devido a suspensão das aulas presenciais durante a pandemia da covid-19. O esquema incompleto da vacina tríplice viral foi encontrado em 27% dos alunos, 14% necessitaram completar esquema da hepatite B. No total foram realizadas 1729 doses de vacinas, sendo 219 hepatite B, 73 dT, 1007 dTpa (incorporada em 2014 para profissionais de saúde), 430 SCR. O exame AntiHbs foi solicitado para todos os alunos para verificar a proteção para o HBV. Conclusão: As vacinas de varicela, para os que não tiveram a doença na infância, e a meningocócica C, não foram utilizadas neste estudo devido a disponibilidade apenas na rede privada. A atualização vacinal realizada no início do ano letivo, anteriormente ao início das atividades práticas, é uma medida de grande valia para a prevenção de doenças imunopreviníveis. Apesar da alta taxa de alunos que aderiram à atividade, se faz necessário o maior comprometimento dos EIAS.