Enfoque (Jan 2019)

Opções de ações e disclosure: o nível de divulgação das instituições financeiras

  • Sammy Ferreira Batista,
  • Janayna Rodrigues de Morais Luz,
  • José Ribamar Marques de Carvalho,
  • Lúcia Silva Albuquerque de Melo

DOI
https://doi.org/10.4025/enfoque.v38i1.31817
Journal volume & issue
Vol. 38, no. 1
pp. 01 – 14

Abstract

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As opções de ações a funcionários que têm como vantagem a possibilidade do colaborador participar na valorização futura da empresa estão no cerne de crises financeiras e escândalos corporativos relacionados, principalmente, à manipulação de demonstrações contábeis. Diante dos novos dispositivos como os da Lei Sarbanes-Oxley (2002) e de Basiléia III (2010) emergem entre outros objetivos garantir maior transparência na gestão de empresas. Nesse sentido, o presente estudo buscou avaliar o nível de disclosure das instituições financeiras pós-crise financeira de 2008 dos programas de pagamento a funcionários. A amostra foi composta pelos principais bancos de 33 países, os denominados “grandes de demais para quebrar” que são mais propensos a absorver recursos públicos como forma de evitar sua falência, totalizando uma amostra total de 172 instituições. A qualidade das informações foi medida pela soma unitária de itens presentes ou não nas demonstrações financeiras, buscou-se estabelecer uma classificação para se pontuar países e instituições individualmente quanto às práticas de divulgação por meio de um conjunto de informações qualitativas e quantitativas que estavam nas notas explicativas. Os resultados indicam que o nível disclosure é influenciado pelo grupo cultural abordado conforme de modelo de Gray (1988), com o destaque do grupo cultural anglo-saxônico pela qualidade das informações e a uniformidade dos resultados. Observou-se que a aderência a esses programas de remuneração é influenciada pelo tamanho da economia dos países, com exceção de países como Alemanha, México e a Índia.