Ágora (Apr 2019)
Tiago Rodrigues: esquecimento e resgate. Ifigénia, Agamémnon, Electra ou o poder do mito em cena
Abstract
T. Rodrigues leva à cena em 2015 a sua trilogia. Um Coro anónimo feminino dá eco à milenar multiplicidade de vozes da tragédia. A memória traduz a relação da trilogia em palco com a tradição que reescreve a tragédia primordial. Eurípides e Ésquilo combinam-se como arquétipos mas dão azo a uma interpelação do espectador que quebra a ilusão cénica e faz transbordar tragédia e tradição para a vida. O plano discursivo do metateatral pauta a comunicação palco-espectador. Pela mão de Orestes, Electra é a verdadeira matricida. Ele partirá. Leva consigo a culpa para deixar à sua casa a normalidade possível.
Keywords