Ágora (Apr 2019)

Tiago Rodrigues: esquecimento e resgate. Ifigénia, Agamémnon, Electra ou o poder do mito em cena

  • Maria do Céu Fialho

DOI
https://doi.org/10.34624/agora.v0i21.2236
Journal volume & issue
no. 21

Abstract

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T. Rodrigues leva à cena em 2015 a sua trilogia. Um Coro anónimo feminino dá eco à milenar multiplicidade de vozes da tragédia. A memória traduz a relação da trilogia em palco com a tradição que reescreve a tragédia primordial. Eurípides e Ésquilo combinam-se como arquétipos mas dão azo a uma interpelação do espectador que quebra a ilusão cénica e faz transbordar tragédia e tradição para a vida. O plano discursivo do metateatral pauta a comunicação palco-espectador. Pela mão de Orestes, Electra é a verdadeira matricida. Ele partirá. Leva consigo a culpa para deixar à sua casa a normalidade possível.

Keywords