Revista Paulista de Pediatria (Jun 2013)

A difícil realidade do pronto atendimento infantojuvenil mostrando a situação de saúde de uma cidade

  • Beatriz de Vasconcelos Peixoto,
  • Eliza Piazzetta,
  • Felipe Antonio Rischini,
  • Maia Nogueira C. Guimarães,
  • Mirella Cuziol,
  • Priscila Baptistella Lodo,
  • Thiago Dias Baumgratz,
  • Sílvio Cesar Zeppone

DOI
https://doi.org/10.1590/S0103-05822013000200015
Journal volume & issue
Vol. 31, no. 2
pp. 231 – 236

Abstract

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OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes na faixa etária de 0 a 19 anos atendidos no pronto atendimento do Hospital Escola Municipal, de maneira a monitorar a rede de saúde de São Carlos, no estado de São Paulo. MÉTODOS: Estudo descritivo e transversal com coleta dos dados de prontuários, entre agosto de 2008 e setembro de 2009 (14 meses), sendo uma amostra aleatória, ao acaso, de 15 dias dos atendimentos em 50% das consultas mensais, somando-se 13.339 prontuários de um total de 26.678 atendimentos. Foi construído um banco de dados no programa Epi-Info para análise descritiva. RESULTADOS: Do total, 48,3% dos pacientes eram do sexo feminino, 55% com idades entre zero e quatro anos e 95% oriundos de demanda espontânea. Isso corresponde a um esboço de 41% da população entre 0 e 19 anos de idade que teve somente este tipo de atendimento. Houve predomínio das doenças do aparelho respiratório (48,5%), nos meses de outono e inverno. As regiões que mais utilizaram o pronto atendimento compreenderam bairros das regiões norte, nordeste e noroeste de São Carlos, as quais possuem ampla densidade populacional. CONCLUSÕES: Os resultados apontaram a difícil realidade, com alta demanda espontânea, de crianças de zero a quatro anos no pronto atendimento pediátrico, sem acolhimento prévio a esses pacientes. A situação da rede de saúde aponta para a necessidade de medidas urgentes que fortaleçam a assistência das unidades básicas de saúde e de saúde da família.

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