Revista Portuguesa de Cardiologia (Jan 2012)
Percutaneous revascularization strategies in saphenous vein graft lesions: Long-term results
Abstract
Aims: Although half of saphenous vein grafts (SVGs) present obstructive atherosclerotic disease 10 years after implantation, controversy remains concerning the ideal treatment. Our aim was to compare percutaneous revascularization (PCI) options in SVG lesions, according to intervention strategy and type of stent. Methods: A retrospective single-center analysis selected 618 consecutive patients with previous bypass surgery who underwent PCI between 2003 and 2008. Clinical and angiographic parameters were analyzed according to intervention strategy – PCI in SVG vs. native vessel vs. combined approach – and type of stent implanted – drug-eluting (DES) vs. bare-metal (BMS) vs. both. A Cox regressive analysis of event-free survival was performed with regard to the primary outcomes of death, myocardial infarction (MI) and target vessel failure (TVF). Results: During a mean follow-up of 796±548 days the rates of death, MI and TVF were 10.9%, 10.5% and 29.5%, respectively. With regard to intervention strategy (74.4% of PCI performed in native vessels, 17.2% in SVGs and 8.4% combined), no significant differences were seen between groups (death p=0.22, MI p=0.20, TVF p=0.80). The type of stents implanted (DES 83.2%, BMS 10.2%, both 3.2%) also did not influence long-term prognosis (death p=0.09, MI p=0.11, TVF p=0.64). The implantation of DES had a favorable impact on survival (p<0.001) in the subgroup of patients treated in native vessels but not in SVG. Conclusions: Among patients with SVG lesions, long-term mortality, MI and TVF were not affected by intervention options, except for the favorable impact on survival of DES in patients treated in native vessels. Resumo: Objetivos: Apesar de metade das pontagens venosas aorto-coronárias apresentarem doença aterosclerótica obstrutiva dez anos após a cirurgia, as estratégias ideais de tratamento permanecem controversas. O nosso objetivo foi comparar diferentes opções de revascularização percutânea em doentes com lesões de pontagens venosas, relativamente à estratégia de intervenção e tipo de stent. Métodos: Estudo retrospetivo de centro único incluindo 618 doentes consecutivos com cirurgia de revascularização coronária prévia, submetidos a PCI entre 2003 e 2008. Avaliação de parâmetros clínicos e angiográficos de acordo com a estratégia de revascularização – PCI da pontagem venosa (SVG), vaso nativo ou abordagem combinada – e tipo de stent implantado – farmacoativo (DES), metálico (BMS) ou ambos. Realizada análise regressiva de Cox quanto a sobrevida livre de eventos para os objetivos primários morte, enfarte do miocárdio (EAM) e falência de vaso alvo (TVF). Resultados: Ao longo de um seguimento médio de 796±548 dias foram registadas 10,9% de mortes, 10,5% de EAM e 29,5% de TVF. Referentemente à estratégia de intervenção (74,4% de PCI realizadas em vaso nativo, 17,2% em SVG e 8,4% combinadas), não se observaram diferenças significativas entre os grupos (morte P = 0,22, EAM P = 0,20, TVF P = 0,80). O tipo de stent utilizado (DES 83,2%, BMS 10,2%, ambos 3,2%) também não influenciou o prognóstico a longo prazo (morte P = 0,09, EAM P = 0,11, TVF P = 0,64). A implantação de DES teve um impacto favorável na sobrevivência (p < 0,001) nos doentes intervencionados no vaso nativo mas não em SVG. Conclusões: Numa população de doentes com lesões de SVG, a mortalidade, EAM e TVF a longo prazo não foram afetadas pelas opções de intervenção percutânea, com a exceção do impacto favorável na sobrevivência demonstrada pelos DES em doentes tratados nos vasos nativos. Keywords: Coronary artery bypass surgery, Saphenous vein graft, Percutaneous coronary intervention, Bare-metal stents, Drug-eluting stents, Palavras-chave: Cirurgia de revascularização aorto-coronária, Pontagem venosa de safena, Intervenção coronária percutânea, Stents metálicos, Stents farmacoactivos