A educação superior e a perspectiva agroecológica: avanços e limites dos Núcleos de Agroecologia das IES no Brasil
Luis Mauro Santos Silva,
Romier da Paixão Sousa,
William Santos de Assis
Affiliations
Luis Mauro Santos Silva
Doutor em Agronomia pela UFPEL; docente da Universidade Federal do Pará, no NCADR e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial e Sociedade na Amazônia (PDTSA/UNIFESSPA); membro dos NEA AJURI (edital CNPq 29/2014); NEA Puxirum (edital CNPq 28/2014); NEA IFPA/Castanhal (edital MCTI/MAPA/CNPq Nº 02/2016) e; RNEA Norte (edital CNPq 29/2014). E-mail: [email protected].
Romier da Paixão Sousa
Doutor em Estudos Ambientais pela Universidade de Pablo de Olavide (Espanha), docente do Programa de Pós-Graduação em desenvolvimento Rural e Gestão de Empreendimentos Agropecuários, do Instituto Federal do Pará, Campus de Castanhal - PA; membro do Núcleo de Estudos em Educação e Agroecologia – NEA IFPA/Castanhal (edital MCTI/MAPA/CNPq Nº 02/2016). E-mail: [email protected].
William Santos de Assis
Doutor em Ciências (Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/CPDA); docente e Coordenador (biênio 2016/2017) do programa de Pós-graduação Agriculturas Amazônicas (PPGAA/NCADR/UFPA) e; coordenador do NEA AJURI (edital CNPq 29/2014). E-mail: [email protected].
O presente artigo trás reflexões sobre a importância dos Núcleos de Estudos Agroecológicos (NEAs) criados via políticas do Governo Federal. No contexto analisado, os NEAs se apoiam, invariavelmente, nas lógicas familiares de produção como protagonistas de um novo formato de ensino, pesquisa e extensão. Baseado em uma revisão documental e teórica, observou-se que a proposta de criação dos núcleos trás como inovação, princípios para a construção coletiva de conhecimentos agroecológicos, ou seja, socialmente elaborados e considerando as múltiplas dimensões do desenvolvimento regional. Para a criação desses NEAS em todo o território nacional, fez-se necessário o envolvimento ativo dos mais diversos atores sociais e as IES, possibilitando uma nova perspectiva epistemológica, onde o saber popular ganha em reconhecimento e contribui na busca de resoluções de demandas sociais locais, sejam elas produtivas, educacionais, ecológicas, tecnológicas etc. Vale salientar que por meio desses ambientes coletivos, novos cenários Institucionais surgiram. A própria criação de novas IES, especialmente nas regiões mais distantes dos grandes centros urbanos, mostrou uma maior sensibilidade na incorporação de demandas locais da sociedade civil. E, mesmo com limites bem marcados dessa iniciativa pública, em menos de uma década essa ação vem proporcionando uma efetiva articulação regional e nacional de novos formatos de IES, tornando os NEAs referências no debate em torno de temas estratégicos ligados a perspectiva agroecológica.