Geologia USP. Série Científica (Mar 2006)

Estudo Geoquímico e Petrológico dos Diques Máficos da Região de Candeias-Campo Belo-Santo Antônio do Amparo (MG), Porção Meridional do Craton São Francisco

  • Paulo César Corrêa da Costa,
  • Maurício Antônio Carneiro,
  • Wilson Teixeira,
  • Vicente Antonio Vitorio Girardi,
  • Hermínio Arias Nalini Júnior,
  • Arildo Henrique de Oliveira,
  • Rinaldo Afrânio Fernandes

Journal volume & issue
Vol. 5, no. 2
pp. 65 – 84

Abstract

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No Complexo Metamórfico Campo Belo, sul de Minas Gerais, ocorrem diques máficos divididos em quatro grupos emfunção de aspectos petrográficos, geoquímicos e tectônicos: Anfibolitos A1, Anfibolitos A2, Gabronoritos e Gabros. A grandemaioria das amostras tem afinidade toleítica, porém os anfibolitos A2 e um gabronorito situam-se no campo cálcio-alcalino,sendo que alguns anfibolitos A1 e gabronoritos estão no limite dos campos. A análise dos diagramas geoquímicos mostrou queos tipos litológicos pertencem a quatro agrupamentos oriundos de magmas com diferentes graus de evolução, sendo os gabrosos mais evoluídos (mg# 0,18 - 0,23), seguindo-se os gabronoritos (mg# 0,33 - 0,35), os anfibolitos A2 (mg# 0,34 - 0,37) e osanfibolitos A1 (mg# 0,24 - 0,45). Sua comparação com modelos de fusão de mantos a granada e espinélio peridotito evidenciouo enriquecimento desses magmas progenitores, especialmente o da suíte gábrica, fato atribuível à fonte mantélica enriquecidae/ou contaminação crustal. Essa comparação aliada ao comportamento geoquímico diverso desses grupos em termos deelementos maiores, menores e traços indica a improbabilidade de cogeneticidade entre si. A comparação dos padrões deelementos traços entre os diques estudados e os enxames de Salvador, Carajás e Crixás-Goiás, pertencentes respectivamenteaos Cratons São Francisco, Amazônico, e ao Bloco Arqueano de Goiás, sugere ambiente intracratônico.

Keywords