O presente artigo aborda a importância da arenga militar pronunciada em contexto naval na historiografia ultramarina portuguesa do século XVI. Analisa, em primeiro lugar, o modo como estes discursos se integram – através dos engarces – no fio narrativo, dedicando-se, depois, à identificação dos diferentes topoi retóricos e respectivas funções. Em suma, com este artigo, pretende-se reconstituir a arenga-tipo proclamada pelos capitães e governadores portugueses, antes de uma batalha naval, no Oceano Índico.