Biota Amazônia (Dec 2012)
BIOLOGIA REPRODUTIVA DO CORÓ, <i>Pomadasys corvinaeformis</i> STEINDACHNER (OSTEICHTHYES: HAEMULIDAE) DAS ÁGUAS COSTEIRAS DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.
Abstract
Os peixes popularmente conhecidos como corós são de pequeno porte, abundantes nas águas costeiras do Nordeste brasileiro e contribuem na cadeia trófica costeira. O presente estudo teve como objetivo determinar a biologia reprodutiva do Pomadasys corvinaeformis das águas costeiras de Ponta Negra, Rio Grande do Norte. Os peixes foram capturados mensalmente durante o período de um ano. Os exemplares foram medidos, pesados, dissecados e as gônadas foram pesadas e examinadas para identificar o sexo e avaliar o estádio de maturação gonadal. A proporção sexual, o comprimento médio da primeira maturação, a caracterização macroscópica e microscópica do desenvolvimento das gônadas, o índice gonadossomático, a fecundidade, o tipo de desova e o período reprodutivo foram determinados. Os resultados mostram que as fêmeas de P. corvinaeformis predominaram na população amostrada nas águas costeiras de Ponta Negra, RN. Os machos atingiram a maturidade gonadal com 10,3cm de comprimento total e as fêmeas com 10,4 cm. As características macroscópicas os ovários e testículos revelaram quatro estádios de maturação gonadal, sendo imaturo, em maturação, maduro e esvaziado. As características microscópicas permitiram estabelecer sete estádios de desenvolvimento gonadal para fêmeas: imaturo, em maturação inicial, em maturação final, maduro inicial, maduro intermediário, maduro final e esvaziado. Para os machos quatro estádios microscópicos foram identificados: imaturo, em maturação, maduro e esvaziado. A fecundidade absoluta apresentou uma amplitude de 15.056 a 83.316 ovócitos vitelogênicos, com média de 44.716. A espécie apresentou desova total. O período reprodutivo ocorreu nos meses de dezembro a junho, coincidindo com a época chuvosa da região. Palavras-chave: coró, Pomadasys corvinaeformis, desenvolvimento gonadal, período reprodutivo. DOI: http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v2n2p15-24