Prâksis (Nov 2016)

PROFESSOR/A INFERNIZANDO NA AULA DE METODOLOGIA CIENTÍFICA (COM NIETZSCHE, DELEUZE E OUTROS MALDITOS)

  • Claudia Madruga Cunha,
  • Luciano Bedin da Costa

DOI
https://doi.org/10.25112/rp.v1i0.568
Journal volume & issue
Vol. 1, no. 0
pp. 53 – 58

Abstract

Read online

O/A professor/a-rizoma infernizando na aula de Metodologia Científica fala da tarefa de ensinar os alunos a fazer “ciência” e que ensinar regras e métodos se associa à tarefa de ensinar a perguntar. Diz que é preciso ensinar a questionar, criar problemas, polêmicas. Mostra necessário o desfazer do óbvio, na pergunta: o que é a ciência? Coisa que inclui a proposição das certezas, dos conceitos, que traduzem, nas barreiras do científico, toda uma cultura. Desconfia do que está ao redor de modo tão natural apresentado, na certeza e na exatidão científica e na evolução da tecnologia. Esse/Essa professor/a de Metodologia pergunta pelo sentido do seu fazer, pois observa que a construção da ciência nada tem a ver com a passividade imposta nas suas regras e nos seus métodos. Faz da sala de aula um escoamento por onde passa a vida e cria uma ciência Mana que trabalha certo despropósito no que está originalmente instituído no científico. Tal ciência quer traduzir e interpretar o intensivo rotinizado, nas formas de composição do vivido. Nela Nietzsche é um ingrediente poético e Deleuze, Guattari, Boaventura Santos, parceiros de uma orquestração que substitui a ciência tradicional por outra que quer fazer do aluno um vôo criador. Palavras-chave: metodologia científica, professor/arizoma, ciência mana, multiplicidade, criação-intensiva.