Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (Apr 2013)
[Article title missing]
Abstract
The diagnosis of asymptomatic infection with Leishmania (Leishmania) chagasi has become more important over recent years. Expansion of visceral leishmaniasis might be associated with other routes of transmission such as transfusion, congenital or even vector transmission, and subjects with asymptomatic infection are potential reservoirs. Moreover, the identification of infection may contribute to the management of patients with immunosuppressive conditions (HIV, transplants, use of immunomodulators) and to the assessment of the effectiveness of control measures. In this study, 149 subjects living in a visceral leishmaniasis endemic area were evaluated clinically and submitted to genus-specific polymerase chain reaction (PCR), serological testing, and the Montenegro skin test. Forty-nine (32.9%) of the subjects had a positive PCR result and none of them developed the disease within a follow-up period of three years. No association was observed between the results of PCR, serological and skin tests. A positive PCR result in subjects from the endemic area did not indicate a risk of progression to visceral leishmaniasis and was not associated with a positive result in the serological tests.O diagnóstico de infecção assintomática por Leishmania (Leishmania) chagasi tem assumido crescente importância nos últimos anos. A expansão da leishmaniose visceral pode estar associada a outras vias de transmissão tais como transfusional, congênita, ou mesmo vetorial, sendo os indivíduos com infecção assintomática, potenciais reservatórios. Ademais, a identificação da infecção poderia auxiliar na condução dos pacientes com condições de imunossupressão (HIV, transplante, uso de imunomoduladores) e na avaliação da efetividade das medidas de controle. Neste estudo, foram avaliados clinicamente 149 indivíduos residentes em área endêmica de leishmaniose visceral e realizada a reação em cadeia da polimerase (PCR) gênero-específica, testes sorológicos e teste de Montenegro. Destes, 49 (32,9%) apresentaram PCR positiva, dos quais nenhum evoluiu com clínica de leishmaniose visceral nos três anos subsequentes. Não houve associação entre o resultado da PCR, dos exames sorológicos e do teste cutâneo. A positividade da PCR em indivíduos da área endêmica estudada não indicou risco de progressão para leishmaniose visceral e também não foi associada à maior positividade dos testes sorológicos.