Diálogos (Dec 2016)

Memória e interdição da palavra proibida macaco em regiões de cangaço

  • Francisco de Freitas Leite,
  • Maria Regina Baracuhy,
  • Edson Soares Martins

DOI
https://doi.org/10.4025/dialogos.v20i2.34572
Journal volume & issue
Vol. 20, no. 2
pp. 150 – 161

Abstract

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Este artigo problematiza, sob o ponto de vista teórico da Análise do Discurso francesa, por que, em algumas regiões do Nordeste brasileiro, há quem evite pronunciar a palavra macaco e opte por usar em seu lugar outras palavras, tais como dezessete. A hipótese defendida é a de que essa prática cultural-discursiva, entendida aqui como uma forma de interdição, ocorre basicamente em regiões sertanejas onde a memória do cangaço é ainda marcadamente diluída no cotidiano. A partir da análise de discursos presentes no dia a dia, este artigo pretende contribuir para uma compreensão mais acurada de uma particularidade sociocultural brasileira.

Keywords