Psicologia e Saúde em Debate (Nov 2017)

A TRANSGENERALIDADE ACERCA DE BIOÉTICA E BIOLEI: A percepção dos universitários de graduação em psicologia

  • Ana Paula Rodrigues Soares,
  • Hugo Christiano Soares Melo,
  • Gilmar Antoniassi Junior

DOI
https://doi.org/10.22289/V3S1A1
Journal volume & issue
Vol. 3, no. Supl. 1
pp. 1 – 2

Abstract

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INTRODUÇÃO: Atualmente as discussões jurídicas, sociais e psicológicas em torno da transgeneridade tem tomado grande importância na sociedade, principalmente pelo grande número de pessoas trans que requerem legalmente a mudança de seus nomes, para melhor se adequarem às suas atividades diárias, profissionais e sociais, ela está conexa a identidades de gênero, o conceito é o de uma condição possível de indivíduos assumirem uma identidade de gênero diferente da identidade que condiz as suas características biológicas identificadas no seu nascimento, no qual a pessoa discorda do que aparenta sua conformação biológica, como homem ou mulher, realizada no momento do seu nascimento, parâmetro de atribuição para identidade de gênero social. OBJETIVO: Verificar a percepção dos acadêmicos da Graduação em Psicologia acerca da legalidade da mudança de nome de pessoas transexuais. DISCUSSÃO: O estudo possibilitou perceber que os universitários possuem pouca informação e/ou interesse sobre as questões da transgeneridade, identificando-se em uma parcela a dificuldade de compreensão e diferenciação dos termos sexo - sexualidade - identidade de gênero, citando que homossexuais e transexuais não possuem diferença. Chama atenção, quando uma parcela diz ser a favor da troca de nome, desde que essa pessoa seja identificada de alguma forma, seja no próprio documento ou em algum outro lugar que as pessoas possam ter acesso e ainda para que ficasse menos preconceituoso, foi sugerido que as identidades deveriam ter sexo e gênero, assim todos nós teríamos especificações em registros civis, de acordo com o estudo uma pequena parte se diz totalmente contra a troca de nome, visto que se sentem na obrigação de respeitar porem não de aceitar. Os erros mais recorrentes foram achar que o transexual é assim por uma opção que resolveu tomar após uma certa idade, houve comentários que ser trans é um problema da genética do indivíduo e não da sociedade, afirmando que esta não pode pagar por uma escolha pessoal de cada um. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Concluiu-se que há necessidade de outros estudos com esse contexto, visto que a falta de informação entrelaça o preconceito com a discriminação. Logo o transexual também é merecedor e integrante de uma sociedade, que deveria ser igualitária, onde o respeito seja dominante, pois apenas refere-se a uma questão de identidade de gênero, forma de se expressar e se perceber no mundo. Diante das discussões levantadas, sugere-se que é de suma importância um pronuncio judiciário exclusivo para esse conteúdo, sendo de incumbência desse serviço prestar respostas jurídicas não só a episódios atuais, mais também a acontecimentos cujo as decorrências trazem desrespeito e constrangimento aos transexuais, visto que se a cirurgia para troca do sexo biológico já é de direito dessa classe, a troca do registro civil também deveria ser.

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