Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2023)

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO LINFOMA DE HODGKIN DE 2013 A 2023 NO BRASIL

  • CO Costa,
  • AFC Fernandes

Journal volume & issue
Vol. 45
pp. S325 – S326

Abstract

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Introdução: O câncer ocupa atualmente o ranking das principais causas de morte no mundo. Os cânceres de origem hematológica vêm apresentando um aumento no número de casos, dentre eles o Linfoma de Hodgkin vem ganhando destaque. O motivo do surgimento desta doença ainda não está totalmente esclarecido, mas sabe-se que é uma doença adquirida de etiologia multifatorial. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico do Linfoma de Hodgkin no Brasil no período de 2013 a 2023. Métodos: Estudo descritivo de abordagem quantitativa, sendo extraído os dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde - DATASUS do período de 2013 a 2023 em âmbito nacional. Resultados: Nos últimos dez anos houve um total de 19.263 casos novos dessa neoplasia no país, sendo o sexo masculino correspondente ao maior número dos casos com 10.516 casos seguido do sexo feminino com o total de 8.747 casos. Em relação às regiões do país, verifica-se uma diferença regional no número de casos diagnosticados nos últimos dez anos. A região sudeste ocupa o primeiro lugar com 8.359 casos diagnosticados, a região nordeste segundo lugar com 4.449 casos diagnosticados, a região sul o terceiro lugar com 4.076 casos diagnosticados, seguidos de centro-oeste com 1.351 casos e norte em último com 1.028 casos diagnosticados. As diferenças nos números podem estar relacionadas a fatores como: dificuldade na identificação dos sintomas da doença, acesso limitado aos serviços de saúde e a exames diagnósticos, diferença no número de serviços de oncologia dentre as regiões, entre outros fatores. Em relação a modalidade de tratamento, a quimioterapia é a modalidade de tratamento mais utilizada para esta neoplasia em 17.285, seguida de radioterapia com 1.369 registros, seguido de cirurgia em 602 registros. Dentro do período em estudo, observa-se o crescimento no número total de diagnósticos novos, em 2013 houve 1.795 casos diagnosticados e em 2022 houve 1.898 casos diagnosticados. No primeiro semestre de 2023 de forma parcial houve o registro de 424 diagnósticos no país. O aumento no número de diagnósticos desta neoplasia pode estar relacionado com ações de mobilização do poder público e dos profissionais de saúde com foco no reconhecimento de sinais e sintomas sugestivos da doença, ações para o diagnóstico precoce e tratamento em tempo oportuno. Conhecer o perfil epidemiológico desta neoplasia possibilita alocação de recursos logísticos, econômicos e humanos de forma equânime.