Revista Portuguesa de Cardiologia (Apr 2023)

Levosimendan in outpatients with advanced heart failure: Single-center experience of 200 intermittent perfusions

  • João Ferreira Reis,
  • António Valentim Gonçalves,
  • Rita Ilhão Moreira,
  • Tiago Pereira da Silva,
  • Ana Teresa Timóteo,
  • Delmira Pombo,
  • Tiago Carvalho,
  • Catarina Correia,
  • Claúdia Santos,
  • Rui Cruz Ferreira

Journal volume & issue
Vol. 42, no. 4
pp. 335 – 343

Abstract

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Introduction: Patients with advanced heart failure (HF) have high morbidity and mortality, with only a small proportion being eligible for advanced therapies. Intermittent outpatient levosimendan infusion has been shown to provide symptomatic relief and reduce the rate of HF events. Our aim was to assess the safety and efficacy of outpatient levosimendan administration in an advanced HF population. Methods: This is a report of a single-center experience of consecutive advanced HF patients referred for intermittent intravenous outpatient administration of levosimendan, between January 2018 and March 2021. Baseline and follow-up evaluation included clinical assessment, laboratory tests, transthoracic echocardiography and cardiopulmonary exercise testing. Baseline and clinical follow-up data were compared using the Wilcoxon signed-rank test. Results: A total of 24 patients (60.8 years, 83% male, mean left ventricular ejection fraction [LVEF] 24%), with a median of 1.5 HF hospitalizations in the previous six months, were referred for outpatient levosimendan pulses, the majority as a bridge to transplantation or due to clinical deterioration. At six-month follow-up there was a significant reduction in HF hospitalizations to 0.4±0.7 (p<0.001). NYHA class IV (52.2% to 12.5%, p=0.025) and NT-proBNP (8812.5 to 3807.4 pg/ml, p=0.038) were also significantly reduced. Exercise capacity was significantly improved, including peak oxygen uptake (p=0.043) and VE/VCO2 slope (p=0.040). LVEF improved from 24.0% to 29.7% (p=0.008). No serious adverse events were reported. Conclusion: Repeated levosimendan administration in advanced HF patients is a safe procedure and was associated with a reduction in HF hospitalizations, functional and LVEF improvement, and reduction in NT-proBNP levels during follow-up. Resumo: Introdução: Doentes com insuficiência cardíaca avançada (ICA) apresentam uma elevada morbimortalidade, sendo apenas uma pequena proporção elegível para terapêuticas avançadas. A administração intermitente de levosimendan em hospital de dia demonstrou proporcionar alívio sintomático e reduzir a taxa de eventos de IC. O nosso objetivo foi avaliar a segurança e eficácia da administração intermitente de levosimendan em contexto de ambulatório. Métodos: Trata-se do relato de uma experiência unicêntrica de doentes com ICA consecutivamente referenciados para administração intermitente de levosimendan em ambulatório, entre janeiro de 2018 e março de 2021. A avaliação inicial e de follow-up incluiu uma avaliação clínica, laboratorial e ecocardiográfica, bem como a realização, de prova de esforço cardiorrespiratória. Os dados iniciais e de follow-up foram comparados com recurso ao Wilcoxon signed-rank test. Resultados: Foram referenciados 24 doentes (60,8 anos, 83% do sexo masculino, fração de ejeção ventricular esquerda média [FEVE] de 24%), com uma média de 1,7 hospitalizações por IC nos seis meses anteriores, para pulsos de levosimendan em ambulatório, a maioria como ponte para transplante ou devido a agravamento clínico. Aos seis meses de follow-up, verificou-se uma redução significativa de hospitalizações por IC para 0,4±0,7, p<0,001. Verificou-se igualmente uma redução significativa de doentes em classe NYHA IV (52,2% para 12,5%, p=0,025) e dos níveis de NT-proBNP (de 8.812,5 para 3.807,4 pg/mL, p=0,038). A capacidade funcional melhorou de forma significativa, nomeadamente o consumo máximo de oxigénio (p=0,043) e o declive VE/VCO2 (p=0,040). Houve uma melhoria da FEVE de 24,0% para 29,7%, p=0,008. Não se registaram eventos adversos significativos. Conclusão: A administração de levosimendan em contexto de ambulatório em pacientes com ICA é um procedimento seguro e conduziu a uma redução das hospitalizações por IC, melhoria da classe funcional e da FEVE e redução dos níveis de NT-proBNP durante o follow-up.

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