Finisterra - Revista Portuguesa de Geografia (May 2020)

DO SÉCULO XIX AO XXI: ESTUDO COMPARATIVO DA VEGETAÇÃO PRIMITIVA PELO OLHAR DE SAINT-HILAIRE E FITOFISIONOMIAS ATUAIS

  • Jussiara Dias dos Santos,
  • Danielle Piuzana Mucida,
  • Anne Priscila Dias Gonzaga,
  • Luciano Cavalcante de Jesus França,
  • Eduarda Soares Meneses

DOI
https://doi.org/10.18055/Finis17881
Journal volume & issue
Vol. 55, no. 113

Abstract

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O objetivo deste trabalho foi comparar os domínios vegetacionais descritos por Saint-Hilaire, em 1817, às classificações fitofisionómicas atuais para a região entre Diamantina, Serro e Minas Novas, Minas Gerais, Brasil. Elaborou-se um banco de dados a partir da análise de suas obras da vegetação para o trajeto percorrido e realizou-se etapas de campo. Foram elaborados mapas de vegetação atual e cobertura da terra de três caminhos percorridos pelo naturalista. Os domínios vegetacionais matas virgens, catingas, carrasqueiros, carrascos e campos naturais foram descritos para a área de estudo e compararam-se às fitofisionomias atuais são denominadas Florestas Estacionais Semidecíduas e Decíduais, Caatinga Arbórea Aberta; Cerrado Denso, Típico, Ralo e Rupestre; Campo Sujo, Limpo e Rupestre, respectivamente. O naturalista descreveu áreas antropizadas como Capoeiras e Campos Artificiais. As comparações entre descrições antigas e atuais mostraram-se viáveis e relevantes. Estas informações contribuem com dados ecológicos, biológicos e geográficos a subsiduarem investigações científicas e estratégias para a conservação dos recursos naturais dos biomas brasileiros.