Revista Brasileira de Reumatologia (Aug 2013)

Perfil de especialistas e de serviços em reumatologia pediátrica no estado de São Paulo

  • Maria Teresa Terreri,
  • Lúcia M. A. Campos,
  • Eunice M. Okuda,
  • Clovis A. Silva,
  • Silvana B. Sacchetti,
  • Roberto Marini,
  • Virginia P. Ferriani,
  • Maria Heloiza Ventura,
  • Taciana Fernandes,
  • Juliana O. Sato,
  • Elizabeth C. Fernandes,
  • Claudio Len,
  • Cássia Barbosa,
  • Ana Paola Lotito,
  • Maria Carolina dos Santos,
  • Nádia E. Aikawa,
  • Mércia Facó,
  • Daniela Piotto,
  • Vanessa Bugni,
  • Kátia T. Kozu,
  • Paulo R. Romanelli,
  • Adriana M. E. Sallum,
  • Marília Febronio,
  • Melissa Fraga,
  • Cláudia S. Magalhães

DOI
https://doi.org/10.1590/S0482-50042013000400006
Journal volume & issue
Vol. 53, no. 4
pp. 346 – 351

Abstract

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INTRODUÇÃO: A reumatologia pediátrica (RP) é uma especialidade emergente, com número restrito de especialistas, e ainda não conta com uma casuística brasileira sobre o perfil dos pacientes atendidos e as informações sobre a formação de profissionais capacitados. OBJETIVO: Estudar o perfil dos especialistas e dos serviços em RP e as características dos pacientes com doenças reumáticas nessa faixa etária a fim de estimar a situação atual no estado de São Paulo (ESP). PACIENTES E MÉTODOS: No ano de 2010 o departamento científico de RP da Sociedade de Pediatria de São Paulo encaminhou um questionário respondido por 24/31 especialistas com título de especialização em RP que atuam no ESP e por 8/12 instituições com atendimento nesta especialidade. RESULTADOS: A maioria (91%) dos profissionais exerce suas atividades em instituições públicas. Clínicas privadas (28,6%) e instituições (37,5%) relataram não ter acesso ao exame de capilaroscopia e 50% das clínicas privadas não tem acesso à acupuntura. A média de tempo de prática profissional na especialidade foi de 9,4 anos, sendo 67% deles pós-graduados. Sete (87,5%) instituições públicas atuam na área de ensino, formando novos reumatologistas pediátricos. Cinco (62,5%) delas têm pós-graduação. Dois terços dos especialistas utilizam imunossupressores e agentes biológicos de uso restrito pela Secretaria da Saúde. A doença mais atendida foi artrite idiopática juvenil (29,1%-34,5%), seguida de lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ) (11,6%-12,3%) e febre reumática (9,1%-15,9%). Vasculites (púrpura de Henoch Schönlein, Wegener, Takayasu) e síndromes autoinflamatórias foram mais incidentes nas instituições públicas (P = 0,03; P = 0,04; P = 0,002 e P < 0,0001, respectivamente). O LESJ foi a doença com maior mortalidade (68% dos óbitos), principalmente por infecção. CONCLUSÃO: A RP no ESP conta com um número expressivo de especialistas pós-graduados, que atuam especialmente em instituições de ensino, com infraestrutura adequada ao atendimento de pacientes de alta complexidade.

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