Arquivos de Gastroenterologia (Dec 2005)

O critério de positividade para a análise imunoistoquímica da p53 na confirmação da displasia do esôfago de Barrett faz diferença? Does positive criterium for p53 immunohistochemical analysis in the confirmation of Barrett's dysplasia make difference?

  • César Vivian Lopes,
  • Júlio C. Pereira-Lima,
  • Antônio Atalíbio Hartmann,
  • Eunice Tonelotto,
  • Karina Salgado

DOI
https://doi.org/10.1590/S0004-28032005000400008
Journal volume & issue
Vol. 42, no. 4
pp. 233 – 237

Abstract

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RACIONAL: O esôfago de Barrett é uma complicação da doença do refluxo gastroesofágico com importante potencial de malignização. Relata-se que a expressão do marcador tumoral p53 se acentua com a progressão displasia-adenocarcinoma. OBJETIVO: Avaliar a expressão da p53 no epitélio de Barrett com presença ou não de displasia conforme dois critérios de positividade. MATERIAL E MÉTODOS: O material foi constituído por biopsias endoscópicas de 42 doentes com esôfago de Barrett. Cortes histológicos foram corados pela hematoxilina-eosina, pelo PAS-alcian blue e avaliados quanto à expressão imunoistoquímica da p53. O diagnóstico de displasia foi firmado pela concordância entre três patologistas. Foram utilizados dois critérios de positividade para a p53: 1. a coloração de, pelo menos, metade dos núcleos e 2. o encontro de qualquer núcleo corado. RESULTADOS: O número total de fragmentos foi de 229, com média de 5,4 por paciente. A displasia foi detectada em seis (14,3%) casos. Para diferentes critérios de positividade, a p53 foi detectada, respectivamente, em 5 (13,9%) e 14 (38,9%) com epitélio metaplásico não-displásico. Especificamente nos seis casos displásicos, a p53 foi detectada, conforme o critério de positividade, em um (16,7%) e quatro (66,7%) casos, respectivamente. CONCLUSÕES: Nesta pequena série, a expressão imunoistoquímica da p53, independente do critério de positividade, não foi de auxílio para a confirmação de alterações displásicas no esôfago de Barrett.BACKGROUND: Barrett's esophagus is the most serious complication of the gastroesophageal reflux disease and presents a malignant potential. The expression of the tumoral marker p53 increases with the dysplasia-adenocarcinoma sequence. AIMS: To evaluate the p53 expression in Barrett's esophagus with or without dysplasia according to the two positive immunostaining criteria. MATERIALS AND METHODS: The material was constituted by endoscopic biopsy specimens from 42 patients with Barrett's esophagus. Section ectionss of formalinof formalin-fixed and paraffin-embedded biopsies were stained with hematoxylin-eosin, PAS-alcian blue and evaluated the p53 immunohistochemical expression. Two p53 immunostaining criteria were utilized: 1. the staining of, at least, half of the nuclei, and 2. the staining of any nucleus. The diagnosis of dysplasia was confirmed by the agreement between three pathologists. RESULTS: The total number of tissue specimens was 229, with an average of 5.4 specimens per patient. Dysplasia, with agreement for all pathologists examining the same set of slides, was detected in six (14.3%) cases. According to the two different p53 immunostaining criteria, the protein was detected in non-dysplastic Barrett's metaplasia, respectively, in 5 (13.9%) and 14 (38.9%) patients. Specificaly in the six dysplastic cases, p53 was detected, according to the immunostaining criteria, in one (16.7%) and four (66.7%) cases, respectively. CONCLUSIONS: In this group, p53 immunohistochemical expression, regardless of positive criteria take into account, was not useful for detecting dysplasia in Barrett's esophagus.

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