Ágora (Sep 2020)

O HOMEM SEPARADO DA NATUREZA E A ESCOLA COMO LÓCUS DA SUA RECONCILIAÇÃO

  • Marcos André Pizzolatto,
  • Maria de Lourdes Bernartt,
  • Luiz Carlos Flávio

DOI
https://doi.org/10.17058/agora.v22i2.15618
Journal volume & issue
Vol. 22, no. 2
pp. 91 – 109

Abstract

Read online

O presente artigo pretende, através de referencial bibliográfico, debater as consequências da abordagem epistemológica dita moderna para o conceito homem-natureza para, a seguir, propor sua reconciliação com o todo natural. Para tanto, inicialmente buscaremos expor o conceito de natureza, seguindo as críticas de Latour a essa ilusória linearidade na construção identitária do homem enquanto um ente pertencente a natureza, mas que se sente independente dela, bem como, discorrer sobre os elementos que divorciaram o homem da natureza, ratificando a concepção da existência de: Homem e Natureza, onde deveríamos ser/ler homem-natureza. Por fim, proporemos que o lócus para esta desejada reconstrução-reconexão deva ser a escola, pois, afinal, ela é um dos locais privilegiados onde se reproduz a desconexão cartesiana dos saberes. Então será lá que, acreditamos, deva se dar a reconexão do indivíduo ao todo, enxergando, como Boaventura, quão sutis e ilusórias são as fronteiras dos saberes. Provando, enfim, que a verdadeira educação é aquela proposta libertadora defendida por Paulo Freire e que amplie seus horizontes para ver o mundo como um todo conforme propugna Libâneo e Stengers.

Keywords