Neste artigo, abordamos sentidos e signifiados dados à comida presentes na revista Saúde como um fator que interfere no consumo de alimentos. Partimos do pressuposto de haver na sociedade contemporânea uma hegemonia do discurso biomédico, disseminado e naturalizado pelo senso comum, que reproduz os interesses do mercado e inflencia as escolhas alimentares. A revista desperta interesse justamente por se enquadrar no vasto rol de publicações populares que versam sobre dieta e saúde. Como parte da metodologia utilizada, selecionamos as publicações desde 2013 até 2016, o que corresponde a 36 revistas e constitui o corpus da análise. Com o objetivo de interpretar os aspectos simbólicos, socialmente construídos e expressos no material selecionado, foram identifiadas as características mais marcantes e recorrentes nas capas das edições. Observou-se que a centralidade do discurso científio e biomédico está ligada à ideia de inflenciar as práticas alimentares e enfatizar o risco de adoecer.