Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2023)
APLASIA MEDULAR: ASPECTOS DE DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Abstract
Introdução: Quando se define em linhas gerais o que é a anemia, deve-se compreender a hemoglobina em valores abaixo do esperado, e de que ela é essencial para que a disseminação do oxigênio pelo organismo ocorra, dito isso, o comprometimento desta leva ao déficit de oxigênio dos órgãos, principalmente no sistema nervoso central, coração e músculos. Aplasia medular, ou Anemia Aplástica, se caracteriza pelo desequilíbrio hematopoiético, onde uma hipoplasia medular acarreta hipocelularidade percebendo-se uma pancitopenia pela diminuição das linhagens celulares de eritrócitos, leucócitos e plaquetas, classificando-se em primária (congênita) ou secundária. Doença que se caracteriza por pancitopenia, onde há uma substituição da medula hematopoiética por tecido gorduroso, que ocorre por ineficiência dessas células como forma de manter os fatores hematimétricos nas periferias do organismo. Tratamento de suporte hemoterápico, transplante de células-tronco hematopoiéticas e tratamento com imunossupressores são as possíveis opções para este paciente acometido de tal doença rara, mas que pode ser letal se não tratada a tempo. Objetivos: O presente trabalho procura evidenciar a importância ao estudo dessa doença hematológica, de seus desencadeantes, manifestações clínicas e da análise laboratorial minuciosa e correta. Metodologia: Este Trabalho é uma revisão bibliográfica descritiva, sem horizonte de tempo, para tanto buscou-se artigos e protocolos recentes para compor a pesquisa. Foram utilizados meios informatizados de pesquisa, excluindo documentos que não atendiam a proposta pretendida no trabalho. Desenvolvimento e conclusões: A Anemia Aplástica, ou também chamada Aplasia Medular, é uma doença que acontece por lesão bioquímica. O que ocorre é que a medula é invadida por tecido gorduroso não causando a não ser pancitopenia no início de sua manifestação clínica, não sendo acometida nem por fibrose ou infiltrações leucêmicas, e justamente por esta pancitopenia, o indivíduo se torna suscetível a infecções e sangramentos, anemia grave apresentando neutropenia, plaquetopenia e eritrocitopenia, não apresentando adenomegalia ou esplenomegalia. Em linhas gerais, é uma anemia normocrômica, normocítica ou macrocítica com volume corpuscular médio entre 95 a 110 fL e hemoglobina abaixo de 10 g/dL, neutropenia menor que 1,5 x 103/uL e trombocitopenia menor que 50 x 103/uL, em casos mais graves a queda dos neutrófilos chega abaixo de 0,5 x 103/uL e plaquetopenia menos que 20 x 103/uL, reticulócitos menor que 20 x 103/uL e a celularidade da medula óssea menor a 25% apresentando em média 75% dos espaços medulares que deveriam conter tecido hematopoiético, substituídos por tecido gorduroso e não se encontram celularidade anormal em sangue periférico. Da realização do hemograma, encontram-se semelhanças à leucemia aguda aleucêmica onde restringe-se à medula e não se encontra blastos evidentes no sangue periférico, demonstrando ainda um sangue pancitopênico em que o avaliador da lâmina procure blastos leucêmicos em busca do diagnóstico. Além do hemograma, uma análise da medula é realizada para que um diagnóstico diferencial e seguro seja feito. Entendendo a complexidade e a raridade da Aplasia de Medula, o diagnóstico diferencial se torna a chave para um tratamento eficaz e precoce, por apresentar pancitopenia moderada a grave no sangue periférico e hipocelularidade na medula óssea, seu diagnóstico deve ser por exclusão, visto que outras afecções também manifestam pancitopenia. Argumenta-se que devido à uma agressão à célula tronco hematopoiética pluripotentes, ocorre-se uma diminuição ou até mesmo desaparecimento desta na medula óssea, se manifestando, portanto, de diversas formas diferentes entre os pacientes afetados.