Brazilian Neurosurgery (Mar 2002)

Aneurisma gigante da artéria comunicante anterior como causa de hipopituitarismo: Relato de caso e revisão da literatura

  • José Augusto Burattini,
  • Arthur Cukiert,
  • Élcio Machado,
  • Alcione Sousa,
  • Joaquim Oliveira Vieira Jr.,
  • Bernardo Liberman

DOI
https://doi.org/10.1055/s-0038-1625080
Journal volume & issue
Vol. 21, no. 01/02
pp. 56 – 59

Abstract

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A associação de hipopituitarismo e aneurisma de comunicante anterior é rara. Os mecanismos fisiopatológicos incluem a compressão da haste, da glândula hipofisária ou do hipotálamo ou a destruição da glândula, conseqüente ao efeito de massa dentro da sela turca. Relatamos um caso de hipopituitarismo secundário a aneurisma gigante selar e supra-selar, acometendo um paciente de 51 anos, sexo masculino, com cefaléia hemicraniana esquerda refratária, apatia e diminuição importante da acuidade visual, principalmente do olho esquerdo. Os exames mostraram hipopituitarismo e aneurisma gigante (5 cm) selar e supra-selar parcialmente trombosado da artéria comunicante anterior. Após a exérese cirúrgica houve melhora da acuidade visual e da síndrome frontal, porém não houve melhora da função endocrinológica. O hipopituitarismo secundário a aneurisma cerebral é raro. Esses aneurismas podem manifestar-se com déficit visual, hemorragia meníngea, síndrome frontal e alterações endocrinológicas. Os sintomas causados pelo efeito de massa do aneurisma poderão melhorar se houver descompressão da haste, da glândula ou do hipotálamo e estando a pituitária viável. A preservação intra-operatória da integridade das estruturas do eixo hipotálamo–hipofisário é fundamental nesses pacientes.

Keywords