Revista Portuguesa de Cardiologia (Nov 2017)

Advantages of a prospective multidisciplinary approach in transcatheter aortic valve implantation: Eight years of experience

  • Cátia Costa,
  • Rui Campante Teles,
  • João Brito,
  • José Pedro Neves,
  • Henrique Mesquita Gabriel,
  • Miguel Abecassis,
  • Regina Ribeiras,
  • João Abecasis,
  • Tiago Nolasco,
  • Maria da Conceição Furstenau,
  • Nélson Vale,
  • António Tralhão,
  • Sérgio Madeira,
  • João Mesquita,
  • Carla Saraiva,
  • Rita Calé,
  • Manuel Almeida,
  • Ana Aleixo,
  • Miguel Mendes

Journal volume & issue
Vol. 36, no. 11
pp. 809 – 818

Abstract

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Introduction: Aortic stenosis is the most prevalent type of valvular disease in Europe. Surgical aortic valve replacement (SAVR) is the standard therapy, while transcatheter aortic valve implantation (TAVI) is an alternative in patients at unacceptably high surgical risk. Assessment by a heart team is recommended by the guidelines but there is little published evidence on this subject. The purpose of this paper is to describe the experience of a multidisciplinary TAVI program that began in 2008. Methods: The heart team prospectively assessed 473 patients using a standardized approach. A total of 214 patients were selected for TAVI and 80 for SAVR. Demographic, clinical and procedural characteristics and long-term success rates were compared between the groups. Results: TAVI patients were older than the SAVR group (median 83 vs. 81 years), and had higher surgical risk scores (median EuroSCORE II 5.3 vs. 3.6% and Society of Thoracic Surgeons score 5.1 vs. 3.1%), as did the patients under medical treatment only. These scores were unable to assess multiple comorbidities. Patients’ outcomes were different between the three groups (mortality with SAVR 25% vs. TAVI 37.6% vs. conservative therapy 57.6%, p=0.001). Conclusions: The heart team program was able to select candidates appropriately for TAVI, SAVR and conservative treatment, taking into account the risk of both invasive treatments. The use of a prospective standardized heart team approach is recommended, but requires continuous monitoring to ensure effectiveness in a timely manner. Resumo: Introdução: A estenose aórtica é atualmente a doença valvular mais prevalente na Europa. A substituição valvular aórtica cirúrgica (SVAC) é atualmente considerada a terapêutica de primeira linha, a implantação de válvula aórtica percutânea (VAP) é considerada uma opção em doentes com elevado risco cirúrgico. A avaliação dos doentes pelo Heart Team encontra-se preconizada pelas recentes guidelines publicadas de doenças valvulares, contudo existem poucas publicações acerca dessa temática. O objetivo deste manuscrito é descrever a experiência de um programa multidisciplinar VAP, iniciado em 2008. Métodos: O Heart Team avaliou de forma prospetiva e padronizada 473 doentes. Desses, 214 foram selecionados para VAP e 80 para SVAC. Os grupos foram comparados no que respeita às suas características demográficas, clínicas, de procedimento e quanto à sua evolução (mortalidade). Resultados: O grupo VAP apresentou maior idade do que o grupo SVAC (mediana 83 versus 81 anos) e apresentou scores de risco cirúrgico mais elevados (mediana Euroscore II 5,3 versus 3,6% e STS 5,1 versus 3,1%), tal como o grupo de doentes apenas sob terapêutica médica. Esses scores não foram capazes de avaliar múltiplas comorbilidades. A mortalidade entre os três grupos apresentou diferenças com significado estatístico (SVAC 25% versus VAP 37,6% versus terapêutica conservadora 57,6%, p=0,001). Conclusões: O programa Heart Team foi capaz de selecionar de forma adequada os doentes para as diversas estratégias terapêuticas tendo em conta o risco de ambos os procedimentos invasivos. Uma abordagem eficiente e standardizada pela Heart Team deve ser estimulada, necessitando de reavaliação continua. Keywords: Severe aortic stenosis, Transcatheter aortic valve implantation, Surgical aortic valve replacement, Heart team, Standardization, Palavras-chave: Estenose aórtica grave, Válvula aórtica percutânea, Substituição valvular aórtica cirúrgica, Heart Team, Standardização