Ciência Agrícola (Aug 2013)

ATIVIDADE DE EXTRATOS DE PLANTAS NA MORTALIDADE DE LAGARTAS DA TRAÇA-DAS-CRUCÍFERAS, Plutella xylostella L. (LEPIDOPTERA: PLUTELLIDAE)

  • Roseane Cristina Predes Trindade,
  • Ivanildo Soares de Lima,
  • Antônio Euzébio Goulart Sant'ana,
  • Paulo Pedro da Silva

DOI
https://doi.org/10.28998/rca.v11i1.761
Journal volume & issue
Vol. 11, no. 1
pp. 21 – 28

Abstract

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Plutella xylostella L., é uma das principais pragas das crucíferas, ocorrendo em todo local de cultivo. Para seu controle os produtos químicos são utilizados em freqüência de uma a três vezes por semana. Devido ao alto custo sócio-econômico dos inseticidas sintéticos, estão sendo retomados os estudos com plantas inseticidas, mais compatíveis com o Manejo Integrado de Pragas. Este estudo teve como objetivo avaliar o efeito de extratos de plantas sobre a praga, avaliando-se a taxa de mortalidade larval do inseto. Na preparação dos extratos, as diferentes partes das plantas (andiroba, cedro, mogno, ameixa-do-Brasil e Tagetes) foram extraídas a frio com etanol (EtOH), em percolador. A eliminação do solvente foi realizada em rotaevaporador sob pressão reduzida. Todos os extratos foram solubilizados em água utilizando-se DMSO 1% (v/v), para obtenção da concentração de 5000mg.mL-1. Discos de folhas de couve da variedade manteiga foram imersos em cada extrato e na testemunha (água), durante 30 segundos. Após secos ao ar livre, foram inoculados com 12 lagartas recém eclodidas e mantidos em placas de Petri. As avaliações da mortalidade larval foram realizadas no início, ao terceiro dia, e depois diariamente. Dos extratos testados, andiroba (casca da madeira e madeira), cedro (folha, casca da madeira e madeira), mogno (casca da madeira, madeira e folha) e ameixa-do-Brasil (folha, casca da madeira e madeira) não apresentaram um efeito significativo na mortalidade de lagartas recém eclodidas de P. xylostella a 5000mg.mL-1. O extrato da raiz de Tagetes foi o mais eficiente, causando uma mortalidade média de 85,0 % das lagartas, seguido do extrato de ramos, folha e raiz com 38,33; 35,00 e 23,33 % de mortalidade, respectivamente. As diferentes partes do Tagetes apresentaram resultados promissores no controle da traça-das-crucíferas, principalmente a raiz. Portanto, tornam-se necessários mais estudos com outras concentrações, diferentes formas de extração com solventes de polaridades diferentes e um estudo fitoquímico para determinação do princípio ativo.