Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões ()

Interposição jejunal após gastrectomia total radical por adenocarcinoma gástrico

  • Luiz Gonzaga Pimenta,
  • Alcino Lázaro da Silva,
  • Tarcizo Afonso Nunes,
  • Cássio Andrade Cintra,
  • Marcelo Rausch,
  • Mário Gissoni Carvalho,
  • Sérgio Alexandre da Conceição

DOI
https://doi.org/10.1590/S0100-69911998000200002
Journal volume & issue
Vol. 25, no. 2
pp. 75 – 80

Abstract

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Realizamos um estudo retrospectivo do tratamento cirúrgico do adenocarcinoma gástrico por uma gastrectomia total radical, com reconstrução do trânsito esofagoduodenal pela interposição de uma alça jejunal pediculada. Revisão de trabalhos nacionais e estrangeiros relacionados ao tratamento do adenocarcinoma gástrico pela gastrectomia total radical. De acordo com a operabilidade relacionada ao paciente e à ressecabilidade, à lesão primária e sua evolução, 126 pacientes foram submetidos à interposição de um segmento de alça jejunal após gastrectomia total radical. Ressecção oncológica total do estômago e sistematizada reconstrução técnica do reservatório gástrico e do trânsito esofagoduodenal. Nossos casos evoluíram de maneira satisfatória, não fugindo daqueles estudados na literatura. Ênfase especial foi dada ao procedimento técnico, mais anatômico e muito mais funcional, restituindo ao operado um neoestômago e um trânsito esôfago-intestinal através do duodeno. A interposição de uma alça jejunal pediculada entre o esôfago terminal e a segunda porção do duodeno age como neo-reservatório gástrico. Evita o refluxo esofágico e direciona o bolo alimentar para o delgado através do duodeno, trânsito anatômico e funcional capaz de proporcionar melhor qualidade de vida ao gastrectomizado total.

Keywords