Hansenologia Internationalis (Nov 2000)

Mais um caso da síndrome da sulfona

  • Angela Marques Barbosa,
  • Emir Martins Junior,
  • Raul Negrão Fleury,
  • Diltor Vladimir Araujo Opromolla

DOI
https://doi.org/10.47878/hi.2000.v25.36439
Journal volume & issue
Vol. 25, no. 2

Abstract

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apresentado o caso de um paciente que iniciou tratamento de hanseníase e um mês depois apresentou febre, prurido, queda do estado geral e um quadro cutâneo de eritrodermia esfoliativa que respeitava máculas hipocrômicas no tronco anterior. Biópsias das lesões mostraram uma dermatite epitelial regular e infiltrado linfocitário pleomórfico com intenso epidermotropismo e foliculotropismo. Em todas as biópsias foram detectados bacilos em nervos e em macrófagos. Os exames laboratoriais mostravam anemia (3.300.000 hemácias/mm3; Hb= 9,2 g%) e leucocitose (20.800 leucócitos/mm') com 40% de linfócitos e polimorfismo dessas células. Essas manifestações foram rotuladas como pertencentes à Síndrome da Sulfona apesar de faltarem seus outros componentes. Os autores consideram que a atipia linfocitária é uma característica imprescindível da síndrome e chamam também a atenção para o pleomorfismo linfocitário e o intenso epidermotropismo e foliculotropismo observado nos exames histopatológicos que foram realizados. Eles discutem o porque da eritrodermia respeitar as máculas hipocrômicas da hanseníase e consideram que o fato do paciente continuar exibindo o quadro eritrodérmico após a retirada da sulfona, agora sem mais o infiltrado que agredia a epiderme, seria devido a um fenômeno de autossensibilização.

Keywords