Revista Portuguesa de Cardiologia (Mar 2023)
Frailty phenotype in heart failure: A condition that transcends age
Abstract
Introduction and objectives: Studies on younger frail and pre-frail subjects suffering from heart failure (HF) are scarce, except for those focusing on the critically ill. This work aims to describe differences between younger (<65 years) and older (≥65 years) pre-frail and frail HF outpatients regarding their nutritional, functional and clinical statuses. Methods: In this cross-sectional study, a sample of 99 HF frail and pre-frail patients (aged 24–81 years, 38.4% women, 21.2% frail, 59.6% <65 years) was recruited from an HF outpatients’ clinic in northern Portugal. Muscle mass was estimated from mid-upper arm muscle circumference. Weight status was assessed using body mass index. Hand grip strength and gait speed were measured. Medical records were reviewed. Associations between participants’ characteristics and age were calculated using binary logistic regression. Results: Age was associated with hand grip strength (OR=0.90), gait speed (OR=0.01) and diabetes (OR=4.95). Obesity, muscle mass or heart failure functional classes were not associated with age categories. Conclusion: There is an overall lack of differentiation between younger and older HF patients with the frailty phenotype. Therefore, frailty phenotype should be assessed in all patients, regardless of age. Hand grip strength seems to be a good predictor for older age and more studies are needed to define age-specific hand grip strength cut-offs for HF populations. Resumo: Introdução e objetivos: Estudos em insuficientes cardíacos jovens com fragilidade e pré-fragilidade são escassos, à exceção de trabalhos focados em doentes críticos. Este trabalho tem como objetivo descrever diferenças entre pacientes externos adultos (<65 anos) e idosos (≥65 anos), com fragilidade e insuficiência cardíaca concomitantes, no respeitante ao seu estado nutricional, funcional e clínico. Métodos: Neste estudo transversal, foi recrutada de uma consulta externa de um hospital do Norte de Portugal, uma amostra de 99 insuficientes cardíacos com fragilidade e pré-fragilidade (idade 24-81 anos, 38,4% mulheres, 21,2% frágeis, 59,6% < 65 anos). A massa muscular foi estimada a partir do perímetro muscular do braço. O estado ponderal foi classificado utilizando o Índice de Massa Corporal. Foi medida a força de preensão da mão. A associação entre as características preditivas dos participantes e as categorias de idade foi calculada através de regressão logística binária. Resultados: A idade foi associada à força preensora da mão (OR=0,90), à velocidade da marcha (OR=0,01) e à diabetes (OR=4,95). A obesidade, a massa muscular ou as classes funcionais de insuficiência cardíaca não foram associadas às categorias de idade. Conclusões: Verificou-se uma escassez generalizada de diferenças entre doentes adultos e idosos com insuficiência cardíaca e fenótipo de fragilidade concomitantes, justificando a avaliação da fragilidade mesmo em indivíduos mais jovens. A força de preensão da mão parece ser um bom preditor para a idade, mas são necessários mais estudos para definir pontos de corte específicos para populações de insuficientes cardíacos.