Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Jul 2012)

Intervenção Coronariana Percutânea prévia como fator de risco para Revascularização Miocárdica Previous percutaneous coronary intervention as risk factor for coronary artery bypass grafting

  • Luiz Augusto Ferreira Lisboa,
  • Omar Asdrúbal Mejia,
  • Luís Alberto Dallan,
  • Luiz Felipe Moreira,
  • Luiz Boro Puig,
  • Fabio Biscegli Jatene,
  • Noedir Antonio Stolf

DOI
https://doi.org/10.1590/S0066-782X2012005000057
Journal volume & issue
Vol. 99, no. 1
pp. 586 – 595

Abstract

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FUNDAMENTO: A Intervenção Coronariana Percutânea (ICP) vem aumentando na doença arterial coronariana crônica. Consequentemente, cada vez mais pacientes submetidos a Cirurgia de Revascularização Miocárdica (CRM) apresentam stent coronariano. OBJETIVO: Avaliar a influência do antecedente de stent coronariano na mortalidade hospitalar após CRM. MÉTODOS: Análise prospectiva com 1.099 pacientes consecutivos submetidos a CRM com circulação extracorpórea, entre maio/2007 e junho/2009. Pacientes sem ICP prévia (n = 938; 85,3%) foram comparados com pacientes com ICP prévia (n = 161; 14,6%), utilizando modelos de regressão logística e análise de pareamento de amostras. RESULTADOS: Ambos os grupos apresentavam semelhança em relação aos fatores de risco, exceto pela maior presença de pacientes com angina instável no grupo com ICP prévia (16,1% vs. 9,9%; p = 0,019). A mortalidade hospitalar após CRM foi maior entre os pacientes com ICP prévia (9,3% vs. 5,1%, p = 0,034), e foi semelhante à esperada em relação ao EuroSCORE e ao 2000 Bernstein-Parsonnet score. Na análise com regressão logística multivariada a ICP prévia emergiu como fator de risco independente para mortalidade hospitalar pós-operatória (odds ratio 1,94; IC 95% 1,02-3,68; p = 0,044) tão forte quanto diabetes (odds ratio 1,86; IC 95% 1,07-3,24; p = 0,028). Após o pareamento dos grupos, a mortalidade hospitalar continuou sendo maior entre os pacientes com ICP prévia, com odds ratio 3,46 ; IC 95% 1,10-10,93; p = 0,034. CONCLUSÃO: A ICP prévia em pacientes com doença coronariana multiarterial é fator de risco independente para mortalidade hospitalar após CRM. Tal fato deve ser considerado quando a ICP for indicada como alternativa inicial em pacientes com doença arterial coronariana mais avançada. (Arq Bras Cardiol. 2012; [online].ahead print, PP.0-0)BACKGROUND: Percutaneous coronary intervention (PCI) has increased as the initial revascularization strategy in chronic coronary artery disease. Consequently, more patients undergoing coronary artery bypass grafting (CABG) have history of coronary stent. OBJECTIVE: Evaluate the impact of previous PCI on in-hospital mortality after CABG in patients with multivessel coronary artery disease. METHODS: Between May/2007 and June/2009, 1099 consecutive patients underwent CABG on cardiopulmonary bypass. Patients with no PCI (n=938, 85.3%) were compared with patients with previous PCI (n=161, 14.6%). Logistic regression models and propensity score matching analysis were used to assess the risk-adjusted impact of previous PCI on in-hospital mortality. RESULTS: Both groups were similar, except for the fact that patients with previous PCI were more likely to have unstable angina (16.1% x 9.9%, P=0.019). In-hospital mortality after CABG was higher in patients with previous PCI (9.3% x 5.1%, P=0.034) and it was comparable with EuroSCORE and 2000 Bernstein-Parsonnet risk score. Using multivariate logistic regression analysis, previous PCI emerged as an independent predictor of postoperative in-hospital mortality (odds ratio 1.94, 95% CI 1.02-3.68, P=0.044) as strong as diabetes (odds ratio 1.86, 95% CI 1.07-3.24, P=0.028). After computed propensity score matching based on preoperative risk factors, in-hospital mortality remained higher among patients with previous PCI (odds ratio 3.46, 95% CI 1.10-10.93, P=0.034). CONCLUSIONS: Previous PCI in patients with multivessel coronary artery disease is an independent risk factor for in-hospital mortality after CABG.This fact must be considered when PCI is indicated as initial alternative in patients with more severe coronary artery disease. (Arq Bras Cardiol. 2012; [online].ahead print, PP.0-0)

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