Revista do Instituto Florestal (Dec 2012)

Seed removal in an Atlantic Forest fragment and a restoration site in southern Brazil. Remoção de sementes em um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual e em um plantio de restauração no Sul do Brasil.

  • Roberta Thays dos Santos CURY,
  • Carolina Yumi SHIMAMOTO,
  • Fernanda Fernandes Cordeiro de LIMA,
  • José Marcelo Domingues TOREZAN

Journal volume & issue
Vol. 24, no. 2
pp. 201 – 209

Abstract

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In ecological restoration, the loss of seeds can be a major constraint to the establishment of seedlings and thus for the continuity of the forest succession process. The aim of this study was to evaluate the removal/predation of seeds in an area being restored (6.5 years old). We introduced seeds of six native tree species (five non-pioneers and one pioneer) into the restoration site, and also in an adjacent forest fragment, used as a control. Seed removal was greater in the forest fragment (56%) than in the restoration site (16%) for the whole set of species analyzed, and was more frequent during the first 15 days after exposure. In the forest fragment, four of the six species had more than 65% of their seeds removed. In the restoration site, seed removal did not surpass 40% for a single species and was lower than 5% for two species. The proportion of damaged seeds did not differ between environments (3.6% in the native forest and 7.6% in the area being restored). Our results indicate that post-dispersal seed removal is not a barrier to the establishment of tree species in the restoration site, suggesting that the secondary succession can be constrained by factors related to seed germination and/or seedling establishment. Na restauração ecológica, a falta de sementes pode representar a maior barreira para os processos de regeneração natural e, assim, comprometer a continuidade dos processos sucessionais. O objetivo deste estudo foi avaliar a remoção/predação de sementes em uma área em restauração, aos seis anos e meio após o plantio de espécies arbóreas nativas. Introduzimos sementes de seis espécies arbóreas nativas (cinco não pioneiras e uma pioneira) na área em restauração e em um fragmento de floresta adjacente, utilizado como controle. A remoção de sementes foi maior na floresta nativa (56%) do que na área em restauração (16%) para o conjunto das espécies analisadas, sendo maior nos primeiros 15 dias de exposição. Na área em restauração, nenhuma espécie apresentou mais de 40% de remoção e duas espécies apresentaram menos de 5%. A proporção de sementes danificadas não diferiu entre os ambientes (3,5% no fragmento florestal e 7,6% no reflorestamento). Nossos resultados indicam que a remoção de sementes pós-dispersão não é uma barreira para a regeneração de espécies arbóreas na floresta em restauração. Fatores relacionados com as condições para germinação de sementes e/ou o estabelecimento das plântulas podem estar limitando a sucessão secundária.

Keywords