Cadernos de Saúde Coletiva (Feb 2019)

Gênero como marcador das relações de cuidado informal em saúde mental

  • Luciane Prado Kantorski,
  • Vanda Maria da Rosa Jardim,
  • Carlos Alberto dos Santos Treichel,
  • Ana Paula Muller de Andrade,
  • Marta Solange Streicher Janelli da Silva,
  • Valéria Cristina Christello Coimbra

DOI
https://doi.org/10.1590/1414-462x201900010071
Journal volume & issue
Vol. 27, no. 1
pp. 60 – 66

Abstract

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Resumo Introdução A interface do gênero enquanto importante categoria no âmbito da saúde mental ainda é incipiente, ocasionando uma reificação de práticas que reproduzem desigualdades e assimetrias entre homens e mulheres cuidadores/as no contexto da atenção em saúde mental no Brasil. Objetivo Discutir como o gênero tem marcado as práticas de cuidado desempenhadas pelas famílias, por meio da identificação de diferenças quanto ao perfil sociodemográfico, ao desenvolvimento das atividades de cuidado e às suas repercussões na vida dos familiares de acordo com o sexo dos indivíduos. Método Estudo transversal conduzido com 1.242 familiares de usuários/as de Centros de Atenção Psicossocial. Verificou-se a prevalência de cada estrato das variáveis de acordo com o sexo dos indivíduos estudados utilizando o teste qui-quadrado para heterogeneidade. Resultados Aspectos, como ausência da divisão da atividade de cuidado, sentimento de sobrecarga, avaliação ruim da qualidade de vida, insatisfação com as relações familiares e manifestação de transtornos psiquiátricos menores, foram mais prevalentemente encontrados entre as mulheres. Conclusão Há diferenças importantes entre homens e mulheres cuidadores/as em saúde mental, em especial no que diz respeito às repercussões do cuidado na vida dessas pessoas.

Keywords