Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science (Aug 2012)

Transporte de oócitos in vitro através do oviduto de búfalas e vacas de corte cruzadas

  • Nelcio Antonio Tonizza de Carvalho,
  • Júlia Gleyci Soares,
  • Fernando da Silva Vannucci,
  • Magali D’angelo,
  • Andréa Gallupo,
  • Gisele M. Melo,
  • Rosimeire J. Souza,
  • Marcílio Nichi,
  • Lindsay Unno Gimenes,
  • Manoel Francisco de Sá Filho,
  • Claudiney de Melo Martins,
  • Eduardo Castriccini,
  • Pietro Sampaio Baruselli

DOI
https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.v49i4p277-284
Journal volume & issue
Vol. 49, no. 4

Abstract

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O presente estudo foi realizado para verificar se a elevação das concentrações plasmáticas de estradiol durante os tratamentos superovulatórios afeta o transporte dos oócitos em fêmeas bubalinas, bem como se a qualidade inferior dos oócitos de búfalos e/ou alguma diferença funcional no oviduto destes animais é responsável pela baixa taxa de recuperação de embriões em búfalas superovuladas quando comparadas a vacas submetidas ao mesmo tratamento. Foram utilizados 10 ovidutos de búfalas e 15 de vacas, tratadas para a indução de ovulação única. Os ovidutos foram colocados em placas de Petri e receberam os seguintes tratamentos: sem E2 e inseridos com 5 oócitos de búfalas (G-BufBuf e G-BovBuf); sem E2 e com 5 oócitos de vacas (G-BufBov e G-BovBov); com E2 e com 5 oócitos de búfalas (G-BufE2Buf e G-BovE2Buf); e com E2 e com 5 oócitos de vacas (G-BufE2Bov e G-BovE2Bov; fatorial 2x2x2). Posteriormente, foram incubados por 24h e, após esse período, foram lavados para a recuperação e contagem dos oócitos. Como não foi verificado efeito de interação, foram analisados os efeitos principais. O número e a taxa de recuperação de oócitos foi maior em ovidutos de vacas que de búfalas (1,4±0,3/35,0±8,6% vs. 0,5±0,2/10,0±4,6%; P0,05). Não foi verificada diferença no número de oócitos de búfalas ou de vacas recuperados (1,4±0,4 e 0,6±0,2; P>0,05). Observou-se também que houve tendência (P=0,07) de maior taxa de recuperação de oócitos de búfalas que de vacas (35,2±9,2% vs. 12,9±5,4%). Os dados são indicativos de que o transporte de oócitos pelo oviduto de búfalas e de vacas independe da espécie do oócito e não é influenciado pelo E2.

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