História, Ciências, Saúde: Manguinhos (Sep 2012)

Sheila Jasanoff: localizando o global Sheila Jasanoff: localizing the global

  • Ivan da Costa Marques,
  • Vitor Andrade Barcellos,
  • Antonio Arellano Hernández,
  • Sandra Braman,
  • Giuseppe Cocco,
  • José Augusto Pádua,
  • Regina Cândida Ellero Gualtieri

DOI
https://doi.org/10.1590/S0104-59702012000300012
Journal volume & issue
Vol. 19, no. 3
pp. 993 – 1040

Abstract

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Em tempos em que todo conhecimento é 'situado' e não mais 'universal' e 'neutro', a tradução da reflexão de Sheila Jasanoff sobre "como dirigir para o bem nossa habilidade inventiva, profundamente humana" coloca uma questão para a academia brasileira: como 'situar' essa reflexão? Se o tempo é de mudança para o Ocidente imperial, é plausível aproveitar esse tempo para problematizarmos os "blocos constituintes" da razão pública no Brasil. E não há motivo para que não consideremos as sinalizações que vêm de Harvard não mais para ser tomadas como saberes privilegiadamente autorizados, de resto inadmissíveis em um mundo que se quer 'desplatonizado', mas sim como proposições a ser 'situadas' em processos de escolhas e transformações.At a time when all knowledge is 'situated' and no longer 'universal' or 'neutral', the translation of Sheila Jasanoff's reflections about "how we should deploy for the good our profoundly human ingenuity" raises a question for Brazilian academia: how to 'situate' this reflection? If times are changing for the imperial West, it is plausible to take advantage of this time to problematize 'the proper building blocks' of public reason in Brazil. And there is no reason why we should not consider the indications coming from Harvard. They are no longer to be taken as privileged authorized sources of knowledge, moreover unacceptable in a world that deems itself 'deplatonized', but rather as propositions to be 'situated' in processes of choice and transformation.

Keywords