Revista Nova Paideia (Feb 2022)

PAULO FREIRE E O DIÁLOGO

  • Lisley C. GOMES da SILVA,
  • Maria Amélia R. Santoro Franco

DOI
https://doi.org/10.36732/riep.v3i3.117
Journal volume & issue
Vol. 3, no. 3

Abstract

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Resumo. Este artigo está pautado em pesquisas de uma tese de doutoramento que se apropria das concepções freireanas sobre o diálogo. Busca-se dimensioná-lo como sendo fomentador de espaços de possibilidades de práticas libertadoras. Neste texto, num breve resumo histórico da Pedagogia ocidental, buscar-se-á responder a questão: na história ocidental da Pedagogia em que condições a ideia pedagógica de diálogo esteve presente ou não? Para tal, utilizar-se-á contrapontos e indicações de Paulo Freire que referendam o diálogo e sua concretude. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, a qual tem como seus principais aportes teóricos: CAMBI (1999); FREIRE (1970); FRANCO (2012). Os resultados evidenciam que o processo de educação e de formação do homem, desde a antiguidade até os dias atuais, existiu uma predominância do não diálogo. Indícios indicam que essa ausência do diálogo reverbera nas condições atuais de desigualdade, exclusão, dominação e alienação da grande maioria dos seres humanos, destruindo sonhos, utopias e uma impossibilidade de um esperançar. Buscar espaços de possibilidades de transformação dessa lógica e a retomada da dignidade humana que está sendo massacrada, é necessário e urgente. Os pressupostos que permeiam a Pedagogia crítica na perspectiva de Paulo Freire, ancorados no princípio do diálogo freireano, ou seja, aquele que atua com esses oprimidos e com as suas circunstancialidades, pode ser uma possibilidade de transformação, de um (re)criar, um (re)inventar um mundo novo, pois o presente está aqui, posto, mas o futuro ainda está por ser criado, portanto, é possível acreditar num mundo melhor, mais digno, mais humano para todos.

Keywords