Revista Tamoios (Dec 2016)
RESPOSTAS MORFODINÂMICAS E FISIOGRÁFICAS DA ZONA COSTEIRA AO NORTE DA BACIA DE CAMPOS FRENTE À EVENTOS DE TEMPESTADE
Abstract
As barreiras arenosas no litoral norte fluminense estão distribuídas com tipologias e orientações distintas, relativas às principais direções de incidência de ondas oceânicas atuantes no litoral fluminense. A capacidade de resiliência destas feições quando submetidas a eventos de ondas de tempestade está associada ao estoque pretérito de sedimentos. O objetivo é a avaliação da vulnerabilidade física da zona costeira norte da Bacia de Campos, sob o ponto de vista dos impactos de ondas de tempestade na dinâmica de praia, envolvendo erosão costeira e transporte de sedimentos. Simulações de ondas extremas para a Bacia de Campos permitiram avaliar o comportamento ao longo de pontos selecionados. Dados morfológicos permitiram identificar áreas mais ou menos vulneráveis à erosão costeira. Áreas mais vulneráveis estão relacionadas ao déficit de sedimentos induzidos por transporte longitudinal e aonde a barreira arenosa se eleva a cotas inferiores a 3 metros. Áreas menos vulneráveis são as áreas de progradação da barreira arenosa pela incorporação atual de sedimentos. A posição sul do município de São João da Barra recebe as maiores ondulações independente das direções de propagação e o município de São Francisco de Itabapoana é protegido das ondulações mais fortes em função do aspecto embaiado da linha de costa.