Acta Médica Portuguesa (Apr 2015)

Satisfação com a Especialidade entre os Internos da Formação Específica em Portugal

  • Maria João Martins,
  • Inês Laíns,
  • Bruno Brochado,
  • Manuel Oliveira-Santos,
  • Pedro Pinto Teixeira,
  • Mariana Brandão,
  • Rui João Cerqueira,
  • Ricardo Castro-Ferreira,
  • Carlos Bernardes,
  • Miguel Nobre Menezes,
  • Bernardo Soares Baptista,
  • Ricardo Ladeiras-Lopes,
  • Mariana Cruz Rei,
  • Gilberto Pires da Rosa,
  • José Luís Martins,
  • Maria Mendonça Sanches,
  • Manuel J. Ferreira-Pinto,
  • Margarida Rato,
  • Miguel Costa e Silva,
  • Catarina Policiano,
  • João Beato,
  • João Barbosa-Breda,
  • João Pimentel Torres,
  • Inês Leal,
  • Sílvia Aguiar Rosa,
  • Bárbara Carvalho Ribeiro,
  • Francisco Rego Costa,
  • Carolina Palmela,
  • Tiago Cúrdia Gonçalves,
  • Luis Morais,
  • Tiago Reis Marques

DOI
https://doi.org/10.20344/amp.5899
Journal volume & issue
Vol. 28, no. 2

Abstract

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Introdução: A satisfação com a profissão médica tem sido apontada como um fator essencial para a qualidade assistencial, o bemestar dos doentes e a estabilidade dos sistemas de saúde. Estudos recentes têm vindo a enfatizar um crescente descontentamento dos médicos, principalmente como consequência das alterações das relações laborais. Objetivos: Avaliar a perceção dos médicos de formação específica em Portugal, sobre as expectativas e grau de satisfação com a profissão, especialidade e local de formação; razões da insatisfação e intenção de emigrar. Material e Métodos: Estudo transversal. A colheita de dados foi efetuada entre Maio e Agosto de 2014 através de um Inquérito online sobre a “Satisfação com a Especialidade”. Resultados: De uma população total de 5788 médicos, foram obtidas 804 respostas (12,25% do total de médicos internos). Desta amostra, 77% das respostas correspondem a internos dos três primeiros anos de formação. Verificou-se que 90% dos médicos se encontram satisfeitos com a especialidade, tendo-se encontrado também níveis elevados de satisfação com a profissão (85%) e local de formação (86%). Por outro lado, constatou-se que estes diminuíam com a progressão ao longo dos anos de internato. A avaliação global sobre o panorama da prática médica foi negativa e 65% dos médicos responderam que consideram emigrar após conclusão do internato. Conclusão: Os médicos internos em Portugal apresentam níveis positivos de satisfação com a sua profissão. No entanto, a sua opinião sobre o panorama da Medicina e os resultados relativos à intenção de emigrar alertam para a necessidade de tomada de medidas para inverter este cenário.

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