Revista Projetar (May 2021)

ARQUITETURA EMERGENCIAL

  • Daniel Paulo de Andrade Silva,
  • Ramon Bezerra Fernandes,
  • Rui Alexandre Ramos Duarte do Rosario

DOI
https://doi.org/10.21680/2448-296X.2021v6n2ID23090
Journal volume & issue
Vol. 6, no. 2
pp. 128 – 140

Abstract

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Os exemplares transitórios, temporários e pragmáticos de arquitetura demonstram integrar técnicas eficientes de resposta a diversas situações. Essa nova modalidade de arquitetura, com fins temporários, recebe o nome de Arquitetura Efêmera, Portável ou Remontável. Com a pandemia do Coronavírus (COVID-19), declarada em março de 2020 pela Organização Mundial da Saúde (OMS/ONU), o espaço construído hospitalar passou a se adaptar às circunstâncias de isolamento dos pacientes, assegurando conforto, saúde e higiene dos usuários, uma vez que se trata de uma doença infectocontagiosa de comportamento ainda pouco conhecido que vem causando grandes danos à população mundial. Neste cenário, o presente artigo faz uma pesquisa exploratória dos principais exemplares tipológicos da Arquitetura Efêmera em diversos países, que demonstrou ser uma forte aliada aos sistemas de saúde, facilitando a implantação de novas estruturas e reutilização de espaços já existentes, aumentando o número de leitos e ofertando espaços especializados no tratamento de pacientes. Fomenta-se um novo legado de estruturas temporárias adequadas ao tratamento de doenças infectocontagiosas. As considerações são apoiadas na classificação defendida por Peres (2013), o qual divide a arquitetura de emergência em seis sistemas construtivos, sendo eles o sistema modular, sistema Flat-Pack, sistema tênsil, sistema de divisórias, construção in loco e sistema pneumático. Foram levantados os dados de vinte e três hospitais de campanha em onze países diferentes, verificando-se que os sistemas modular, de divisórias e tênsil como os mais recorrentes. O material que subsidia este artigo serve de suporte para desenvolvimento da proposta projetual de um hospital de campanha.

Keywords