Epidemiologia e Serviços de Saúde (Jun 2022)

Descrição das notificações de atendimento antirrábico humano para profilaxia pós-exposição no Brasil, 2014-2019

  • Nathalie Mendes Estima,
  • Marcelo Yoshito Wada,
  • Silene Manrique Rocha,
  • Deborah Sicchierolli Moraes,
  • Patrícia Miyuki Ohara,
  • Alexander Vargas,
  • Dalva Maria de Assis

DOI
https://doi.org/10.1590/s2237-96222022000200002
Journal volume & issue
Vol. 31, no. 2

Abstract

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Resumo Objetivo: Analisar os atendimentos antirrábicos humanos de profilaxia pós-exposição no Brasil. Métodos: Estudo descritivo utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação no Brasil, de 2014 a 2019. Resultados: Foram notificados 4.033.098 atendimentos antirrábicos, com média de 672.183 ao ano. Houve maior percentual de atendimentos em pessoas do sexo masculino (n = 2.111.369; 52,4%), menores de 19 anos de idade (n = 1.423.433; 35,3%), residentes em área urbana (n = 3.386.589; 88,1%), agredidas por cães (n = 3.281.190; 81,5%) e com mordeduras (n = 3.575.717; 81,9%), principalmente em mãos e pés (n = 1.541.201; 35,3%). A conduta profilática mais frequente foi observação e vacina (n = 1.736.036; 44,2%). A conduta profilática foi adequada em 57,8% (n = 2.169.689) e inadequada em 42,2% (n = 1.582.411) dos casos. Conclusão: Apesar das condutas profiláticas adequadas, foram observadas indicações inadequadas que, quando insuficientes, podem acarretar casos de raiva humana e, quando desnecessárias, desperdícios, inclusive desabastecimento de imunobiológicos.

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