Em Tempo de Histórias (Jun 2021)

O aparato das coisas

  • Queiton Carmo dos Santos

DOI
https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i38.34606
Journal volume & issue
Vol. 1, no. 38

Abstract

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No fim da última década do século XIX, a “Guyana Brazileira”, atual Amapá, foi alvo seletivamente de buscas, coletas e explorações de materiais arqueológicos. No âmbito dessas buscas, principalmente urnas e vasilhas cerâmicas dos indígenas pré-coloniais da região foram transformadas em objetos do Museu de História Natural e Etnografia do Pará, dirigido pelo naturalista e zoólogo Emílio Goeldi. Este texto apresenta uma análise breve das peças, uma leitura a contrapelo das fontes que englobaram documentos abarcados por Goeldi e seus colabores, sobre essas explorações, e dialoga com as historiografias envolvidas nesses estudos. Reflete-se sobre questões que podem evidenciar o caráter das práticas científicas, culturais e históricas daquele momento. Assim, segue a argumentação de que há nessa última década oitocentista uma recorrência de elaborações sobre narrativas de circulações arqueológicas, com fundamentação cientificista, em uma estética material indígena e elencada ao modelo de passado ocidental para a Amazônia

Keywords