Revista de Saúde Pública (Aug 2009)

Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo para triagem no sistema público de saúde Escala de Depresión Post-natal de Edimburgo para tamizage en el sistema público de salud Edinburgh Postnatal Depression Scale for screening in the public health system

  • Patrícia Figueira,
  • Humberto Corrêa,
  • Leandro Malloy-Diniz,
  • Marco Aurélio Romano-Silva

DOI
https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000800012
Journal volume & issue
Vol. 43
pp. 79 – 84

Abstract

Read online

OBJETIVO: Avaliar a utilização da Escala de Depressão Pós-natal de Edimburgo como instrumento de triagem no sistema público de saúde. MÉTODOS: A Escala foi administrada entre o 40º e 90º dia do pós-parto, a 245 mulheres que tiveram parto em uma maternidade privada no município de Belo Horizonte (MG), entre 2005 e 2006. As participantes foram submetidas a uma entrevista psiquiátrica estruturada (Mini-Plus 5.0) utilizada como padrão-ouro para diagnóstico de depressão. Foram calculadas sensibilidade e especificidade da escala e utilizou-se a curva ROC para achar o melhor ponto de corte. Foi utilizado o teste t de Student para comparação das variáveis numéricas e o qui-quadrado para as variáveis categóricas. A confiabilidade foi aferida pelo coeficiente de consistência interna á de Cronbach. RESULTADOS: Foram diagnosticadas 66 mulheres com o quadro depressivo pós-parto (26,9% da amostra). Não houve diferença entre as mulheres com e sem depressão pós-parto em relação à idade, escolaridade, número de partos anteriores e estado civil. Utilizando-se o ponto de corte de 10, a sensibilidade da escala foi 86,4, a especificidade 91,1 e o valor preditivo positivo 0,78. CONCLUSÕES: As propriedades psicométricas da Escala a caracterizam como um bom instrumento de triagem da depressão pós-parto e seu uso disseminado no Sistema Único de Saúde poderia repercutir positivamente com aumento significativo na taxa de reconhecimento, diagnóstico, e tratamento da depressão pós parto.OBJETIVO: Evaluar la utilización de la Escala de Depresión Post-natal de Edimburgo como instrumento de tamizage en el sistema público de salud. MÉTODOS: La Escala fue administrada entre el 40º y 90º día de post-parto, a 245 mujeres que tuvieron parto en una maternidad privada en el municipio de Bello Horizonte (MG), entre 2005 y 2006. Las participantes fueron sometidas a una entrevista psiquiátrica estructurada (Mini-Plus 5.0) utilizada como patrón-oro para diagnóstico de depresión. Fueron calculadas sensibilidad y especificidad de la escala y se utilizó la curva ROC para encontrar el mejor punto de corte. Fue utilizada la prueba t de Stuident para comparación de las variables numéricas y el chi-cuadrado para las variables categóricas. La confiabilidad fue confirmada por el cociente de consistencia interna a de Cronbach. RESULTADOS: Fueron diagnosticadas 66 mujeres con el cuadro depresivo post-parto (26,9% de las muestras). No hubo diferencia entre las mujeres con y sin depresión post-parto con relación a la edad, escolaridad, número de partos anteriores y estado civil. Utilizándose el punto de corte de 10, la sensibilidad de la escala fue 86,4, la especificidad 91,1 y el valor predictivo positivo 0,78. CONCLUSIONES: Las propiedades psicométricas de la Escala la caracterizan como un buen instrumento de tamizage de la depresión post-parto y su uso diseminado en el Sistema Único de Salud podría repercutir positivamente con el aumento significativo en la tasa de reconocimiento, diagnóstico y tratamiento de la depresión post-parto.OBJECTIVE: To evaluate the utilization of the Edinburgh Postnatal Depression Scale as a screening tool in the public health system. METHODS: The Scale was administered between the 40th and 90th day after delivery to 245 mothers whose delivery occurred at a private maternity hospital located in the municipality of Belo Horizonte, Southeastern Brazil, from 2005 to 2006. All participants were submitted to a structured psychiatric interview (Mini-Plus 5.0), used as gold standard for postpartum depression diagnosis. The scale's sensitivity and specificity were calculated, and the receiver operating characteristic (ROC) curve was used to find the best cut-off point. Student's t test was employed to compare numeric variables and chi-square was used for the categorical variables. Reliability was calculated by Cronbach's coefficient á of internal consistency. RESULTS: Postpartum depression was diagnosed in 66 women (26.9% of the total sample). No differences were found between women with and without postpartum depression concerning age, level of schooling, number of prior deliveries, and marital status. Using 10 as the cut-off point, the scale's sensibility was 86.4, the specificity was 91.1, and the positive predictive value, 0.78. CONCLUSIONS: The psychometric properties of the Scale characterize it as a good screening tool for postpartum depression and its disseminated use in Sistema Único de Saúde (SUS - National Health System) could have positive impacts, with a significant increase in the recognition, diagnosis and treatment of postpartum depression.

Keywords