Hematology, Transfusion and Cell Therapy (Oct 2024)

COMPARAÇÃO DE SOROLOGIA REAGENTE DOS DOADORES DE SANGUE DO BANCO DE SANGUE SÃO PAULO DE 2021 A 2023

  • JAD Santos,
  • AP Sessin,
  • RA Bento,
  • DE Rossetto,
  • JED Giacomo,
  • APC Rodrigues

Journal volume & issue
Vol. 46
pp. S849 – S850

Abstract

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Objetivo: O sangue, seus componentes são imprescindíveis para o tratamento de alterações hematológicas e primordiais para a prática transfusional. Os testes sorológicos obrigatórios nas amostras dos doadores para detecção de infecções/doenças são: Doença de Chagas, Sífilis, Hepatite B, Hepatite C, HIV-1/2, HTLV-I/II. O objetivo desse trabalho foi comparar o perfil sorológico dos candidatos à doação de sangue no Banco de Sangue São Paulo – Grupo GSH entre 2021 e 2023. Método: Estudo descritivo e retrospectivo, quantitativo e comparativo, utilizando os dados registrados no sistema informatizado utilizado no Banco de Sangue São Paulo do grupo GSH, dos candidatos à doação que realizaram a triagem sorológica com positividade, nos anos de 2021 a 2023. Resultados: No ano de 2021, foram realizadas 39.327, com resultados positivos de 657 (1,44%). Para anti-HBc 192 (0,49%), sífilis 313 (0,80%), HBsAg 7 (0,02%), anti-HIV 12 (0,03%), anti-HCV 17 (0,04%), chagas 15 (0,04%) e anti-HTLV 11 (0,03%). Os resultados positivos foram de 88,71% (503) em doadores de primeira vez, 3,17% (18) em doadores repetição e 8,11% (46) em doadores esporádicos. Em relação ao sexo 60,32% (342) em homens e 39,68% (225) em mulheres. Em 2022, foram realizadas 38.782, com resultados positivos de 560 (1,44%). Para anti-HBc 185 (0,48%), sífilis 310 (0,80%), HBsAg 6 (0,02%), anti-HIV 11 (0,03%), anti-HCV 18 (0,05%), chagas 20 (0,05%) e anti-HTLV 10 (0,03%). A sorologia não negativa foi de 85% (476) em doadores de primeira vez, 5,54% (31) em doadores repetição e 5,71% (32) em doadores esporádicos. Se comparado ao sexo 58,39% (327) em homens e 41,61% (233) em mulheres. No ano de 2023, a sorologia não negativa foi de 516 (1,21%) em 41.119 doações. Para anti-HBc 193 (0,49%), sífilis 260 (0,66%), HBsAg 6 (0,02%), anti-HIV 13 (0,03%), anti-HCV 17 (0,04%), chagas 17 (0,04%) e anti-HTLV 10 (0,03%). A sorologia não negativa foi de 80% (417) em doadores de primeira vez, 5,81% (30) em doadores repetição e 9,11% (47) em doadores esporádicos. Se comparado ao sexo 62,79% (324) em homens e 37,21% (192) em mulheres. Discussão: Analisando os dados dos 3 anos, é possível avaliar, que as positividades sorológicas nos doadores de sangue em 2021, 2022 e 2023, são maiores em homens comparado as mulheres. O principal perfil de doador segue como de primeira vez, o que se mantem um desafio para os bancos de sangue, pois doadores novos e com perfil sorológico desconhecido, podem trazer sorologia alterada, elevando o custo do ciclo do sangue e acarretando inseguranças aos pacientes elegidos para uma transfusão. Nos três anos analisados, pode-se notar que as triagens clínicas, alinhadas com as triagens sorológicas continuam sendo eficientes. Conclusão: A média de soropositividades nos três anos, foi mantida. O desafio de fidelizar os doadores de sangue, para migrarem de única vez, para voluntários regulares continua como um trabalho a ser desenvolvido, e é necessário traçar estratégias, para garantir o retorno desses doadores conhecidamente com sorologia negativa e que entendam os critérios para realizar uma doação segura. Assim, preservar os estoques de sangue pode se tornar uma tarefa menos complexa, garantindo um processo transfusional cada dia mais seguro.