Arquivos de Gastroenterologia (Mar 2010)

Nutritional follow-up of patients with ulcerative colitis during periods of intestinal inflammatory activity and remission

  • Juliana Ripoli,
  • Sender Jankiel Miszputen,
  • Orlando Ambrogini Jr,
  • Luciana de Carvalho

DOI
https://doi.org/10.1590/S0004-28032010000100009
Journal volume & issue
Vol. 47, no. 1
pp. 49 – 55

Abstract

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CONTEXT: Ulcerative colitis is an inflammatory bowel disease involving superficial inflammation of the mucosa of the colon, rectum, and anus, sometimes including the terminal ileum. When in clinical activity, the disease is characterized by various daily evacuations containing blood, mucus and/or pus alternating periods of remission. OBJECTIVE: To compare nutritional parameters (dietary, biochemical and anthropometric) among patients with ulcerative colitis followed up on an outpatient basis over a period of 1 year and during periods of intestinal inflammatory activity and remission. METHODS: Sixty-five patients were studied over a period of 1 year and divided into two groups: group 1 with inflammatory disease activity (n = 24), and group 2 without disease activity (n = 41). Anthropometric measures, biochemical parameters, quantitative food intake, and qualitative food frequency were analyzed. RESULTS: A significant reduction in body mass index and weight and in the intake of energy, proteins, lipids, calcium, iron and phosphorus was observed in the group with inflammatory activity (group 1) when compared to the period of clinical remission. The most affected food groups were cereals, legumes, oils, and fats. In contrast, in group 2 significant differences in triceps and sub scapular skin fold thickness, total protein, hemoglobin and hematocrit were observed between the first and final visit. Calcium and vitamin B6 intake, as well as the consumption of legumes, meat and eggs, and sugar and sweets, was significantly higher than on the first visit. CONCLUSION: Patients with ulcerative colitis followed up on an outpatient basis tend to be well nourished. However, the nutritional aspects studied tend to worsen during the period of inflammatory disease activity.CONTEXTO: A retocolite ulcerativa inespecífica compreende uma das doenças inflamatórias intestinais, com características de inflamação superficial da mucosa do cólon, reto, ânus, podendo incluir o íleo terminal. Caracteriza-se por várias exonerações diárias, com a presença de sangue e/ou pus, cursando em períodos de atividade e remissão inflamatória intestinal. OBJETIVO: Comparar os parâmetros nutricionais (alimentares, bioquímicos e antropométricos) em pacientes com retocolite ulcerativa inespecífica acompanhados em ambulatório, durante a atividade e remissão da doença inflamatória, no período de 1 ano. MÉTODOS: Foram estudados 65 pacientes durante 1 ano e divididos em dois grupos: grupo 1 com atividade inflamatória da doença (n = 24) e grupo 2 sem atividade da doença (n = 41), e analisadas as medidas antropométricas, os exames bioquímicos, o consumo alimentar quantitativo e a frequência alimentar qualitativa. RESULTADOS: O grupo com atividade inflamatória (grupo 1) apresentou redução estatisticamente significante no índice de massa corpórea, peso, no consumo de energia, proteínas, lipídios, cálcio, ferro e fósforo, em relação ao período de remissão clínica. Os grupos alimentares com significado prejuízo foram os cereais, as leguminosas, os óleos e as gorduras. Já no grupo 2, foram observadas alterações com significância estatística na dobra cutânea tricipital e subescapular, nos valores de proteínas totais, hemoglobina e hematócrito da consulta inicial para a final. Encontrou-se consumo de cálcio e vitamina B6, assim como na ingestão do grupo das leguminosas, carnes e ovos, açúcares e doces maiores significativamente do que na consulta inicial. CONCLUSÃO: Pacientes com retocolite ulcerativa inespecífica, acompanhados em ambulatório, tendem a ser bem nutridos, mas na fase de atividade inflamatória da doença, há tendência na piora dos aspectos nutricionais estudados.

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