Revista de Psicologia (Feb 2014)
POSSIBILIDADE DE AMAR MENINO E MENINA: UM ESTUDO SOB A ÓTICA DE CRIANÇAS
Abstract
Investigamos, neste artigo, os juízos de escolares quanto à possibilidade de amar uma criança do sexo oposto e do mesmo sexo. Entrevistamos, individualmente, 40 crianças (6 e 9 anos), igualmente divididas quanto ao sexo, alunas de uma escola particular, utilizando o método clínico. Verificamos que 85% dos participantes consideraram a possibilidade de amar uma criança do sexo oposto, justificando-a, principalmente, pela ‘observação de experiência vivenciada’ e pela ‘característica positiva da pessoa amada’, sendo que esta última aumentou com a idade. No entanto, 65% consideraram ser possível amar uma criança do mesmo sexo, baseando seus argumentos no ‘relacionamento de amizade’ e na ‘consequência positiva para si próprio’, sendo que ambos aumentaram com a idade. Ressaltamos que este tema, apesar de muito relevante, é pouco estudado na área da psicologia da moralidade. Sendo assim, são necessárias novas pesquisas e discussões sobre o tema, a fim de propiciar novas propostas de educação em valores morais.